O presidente norte-americano, Joe Biden, dirigiu-se esta quinta-feira à Nação, na Casa Branca, onde abordou os resultados eleitorais que deram a vitória a Donald Trump.
"O país escolhe um ou o outro. Aceitamos a escolha. Não podemos amar o país apenas quando ganhamos", afirmou Joe Biden.
O chefe de Estado, num discurso de cerca de cinco minutos, dirigiu-se "a todos os que me acompanharam neste percurso".
"Sei que foi difícil, mas não se esqueçam de tudo o que conquistámos. Foi uma presidência história, não porque eu fui Presidente, mas pelo que atingimos", acrescentou, adiantando que "agora temos 74 dias para terminar o mandato, o nosso mandato. Vamos fazer com que cada dia conte."
Num discurso pautado pela necessidade de manter a cabeça erguida, o presidente norte-americano reiterou que "recuos são inevitáveis, desistir é imperdoável". "Uma derrota não significa que fomos derrotados", garantiu.
"Precisamos de continuar. E acima de tudo, precisamos de manter a esperança", insistiu Joe Biden.
O chefe de estado norte-americano felicitou Donald Trump pela sua vitória e revela que, em chamada, garantiu-lhe "uma transição pacífica e ordeira" a 20 de janeiro de 2025.
Joe Biden teceu elogios a Kamala Harris que reconheceu ter um "verdadeiro caráter" e afirmou que "ela e a equipa devem estar orgulhosos da campanha que fizeram", após ter sublinhado a "integridade, coragem e caráter" da candidata do Partido Democrata no dia anterior.
A vice-presidente norte-americana já tinha discursado na quarta-feira em reconhecimento de derrota na corrida à Casa Branca onde disse que "todos temos de aceitar os resultados [...]. Vamos garantir uma transferência pacífica de poder. Quando perdemos uma eleição, aceitamos. Isso distingue a democracia da tirania".
Joe Biden foi o candidato apontado pelo Partido Democrata, para fazer frente a Trump nas eleições, mas acabou por se afastar e dar o seu apoio a Kamala Harris.
Os resultados eleitorais deram a vitória a Donald Trump, o antigo líder que foi destituído por duas vezes, e que conquistou os votos de pelo menos cinco dos sete estados decisivos na corrida à Casa Branca, o que ditou o seu regresso ao cargo de chefe de Estado enquanto 47.º presidente.
[Notícia atualizada às 17h43]
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