UNESCO vai discutir "reforço da proteção provisória" de locais no Líbano

Um comité da UNESCO vai reunir-se a 18 de novembro para discutir o "reforço da proteção provisória" dos locais históricos do Líbano ameaçados pelos ataques de Israel contra o Hezbollah, anunciou hoje a organização da ONU.

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Lusa
07/11/2024 16:42 ‧ 07/11/2024 por Lusa

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"A pedido das autoridades libanesas, uma sessão extraordinária do Comité para a Proteção dos Bens Culturais em Caso de Conflito Armado terá lugar a 18 de novembro" na sede da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em Paris, disse fonte do organismo à agência France-Presse (AFP).

 

Na reunião, de acordo com a mesma fonte, serão examinados 34 sítios culturais.

A informação surge no mesmo dia em que mais de 100 deputados libaneses apelaram à UNESCO para que proteja os locais históricos do país, incluindo as antigas cidades de Baalbeck e Tiro.

"No decurso da guerra devastadora contra o Líbano, Israel cometeu graves violações dos direitos humanos e atrocidades", escreveram os deputados, numa carta dirigida à diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay.

"Chamamos a sua atenção para uma necessidade urgente: a proteção da história do Líbano, em Baalbeck, Tiro, Saida e outros locais de valor incalculável atualmente ameaçados", apelaram os parlamentares.

"Exortamos-vos a tomar todas as medidas necessárias para proteger estes ícones culturais", acrescentaram os eleitos de todas as bancadas do parlamento libanês, com 128 membros.

A cidade milenar de Baalbeck, que alberga um conjunto de templos romanos classificados como Património Mundial da UNESCO, foi alvo de violentos ataques israelitas na quarta-feira, que atingiram uma zona próxima do local histórico, segundo um correspondente da AFP no local.

Quarenta pessoas morreram nos ataques contra Baalbeck e arredores, segundo o Ministério da Saúde libanês.

"Este é um dia triste para Baalbeck, que foi alvo de violentos ataques israelitas que visaram edifícios históricos", disse à AFP o presidente da câmara da cidade, Moustafa al-Chall.

O governador da região, Bashir Khodr, disse na rede social X que um ataque teve como alvo o parque de estacionamento adjacente aos templos romanos.

Desde o final de outubro, a zona de Baalbeck tem sido alvo de intensos ataques israelitas, tal como a cidade costeira de Tiro, no sul do país, que alberga igualmente locais antigos incluídos na lista do património mundial da UNESCO.

Israel, que trava uma guerra aberta contra o movimento xiita libanês Hezbollah, leva a cabo, desde 23 de setembro, uma campanha de ataques maciços no Líbano que, segundo o Ministério da Saúde local, já matou mais de 2.600 pessoas.

Leia Também: Ataque israelita no Líbano mata três pessoas e fere soldados da ONU

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