Mazón respeita "dor" de manifestantes (e dará explicações na 5.ª-feira)
O governo valenciano já descartou demitir-se, uma vez que, de acordo com a 'número dois', Susana Camarero, o seu único objetivo é trabalhar na recuperação e reconstrução das áreas devastadas, não podendo, por isso, "abandonar" as vítimas.
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Mundo Espanha
O presidente da Comunidade Valenciana, Carlos Mazón, assegurou, este domingo, que respeita a "dor" dos milhares de manifestantes que saíram à rua para se posicionar contra o governo valenciano e contra o governo central espanhol, após as cheias que provocaram mais de 220 mortos e dezenas de desaparecidos. O responsável a anunciou ainda que dará explicações à população na quinta-feira.
"Na quinta-feira, [...] será explicada a história, os dados, em grande pormenor. [...] Toda a minha equipa está a trabalhar desde o primeiro minuto para as pessoas", disse, citado pelo El Mundo.
Mazón complementou que "muitos boatos foram espalhados nos últimos dias", pelo que é necessário "esclarecer as coisas".
Sublinhe-se que o governo valenciano já descartou demitir-se, uma vez que, de acordo com a 'número dois', Susana Camarero, o seu único objetivo é trabalhar na recuperação e reconstrução das áreas devastadas, não podendo, por isso, "abandonar" as vítimas.
A atuação das autoridades nacionais e autonómicas nas horas que antecederam as inundações tem enchido noticiários e jornais nos últimos dias, com os relatos de um lado e outro a nem sempre coincidirem.
A indignação contra as instituições públicas teve no domingo passado um momento inédito na história democrática de Espanha, quando os reis, Felipe VI e Letizia, o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, e o presidente do governo regional foram recebidos com lama e gritos de "assassinos" numa das mais de 70 localidades afetadas pelas cheias, em Paiporta.
Já este sábado, ocorreu uma manifestação por 40 organizações sociais e sindicatos, com o mote "Mazón demissão".
O governo de Espanha declarou a região de Valência "zona de catástrofe", na terça-feira, e aprovou um primeiro pacote de 10.600 milhões de euros em ajudas às populações e empresas afetadas pelas inundações.
Espanha já iniciou também os procedimentos para ativar o fundo de solidariedade da União Europeia e pediu a aprovação urgente no Parlamento Europeu de uma alteração aos regulamentos dos fundos de coesão, para os poder reprogramar e destinar à zona afetada pelas inundações, por estar em causa um desastre natural.
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