"O recurso da defesa foi rejeitado" pelo que a sentença será executada, anunciou o tribunal de recurso da região de Sverdlovsk, nos Urais, através do canal Telegram.
Caracterizando a decisão judicial de agosto como "crueldade rancorosa", os Estados Unidos acusaram Moscovo de prender deliberadamente cidadãos norte-americanos para os utilizar como moeda de troca para obter libertação de russos detidos no estrangeiro.
A maior troca de prisioneiros desde a Guerra Fria entre Moscovo e o Ocidente ocorreu no início de agosto, com a libertação de jornalistas norte-americanos e figuras da oposição russa detidos na Rússia em troca da libertação de alegados agentes russos presos no Ocidente.
Segundo a imprensa russa, Karelina efetuou uma transferência para a organização não-governamental Razom, que presta assistência material à Ucrânia.
De acordo com o tribunal, os fundos foram "utilizados pelas forças armadas ucranianas para comprar material médico tático, equipamento, armas e munições".
A transferência ocorreu a 24 de fevereiro de 2022 no dia em que a Rússia lançou a ofensiva em grande escala contra a Ucrânia, segundo o tribunal, que garantiu que "a arguida admitiu plenamente a sua culpa".
Ksenia Karelina, 33 anos, é originária de Ekaterinburgo, na região dos Urais, na Rússia, mas vivia no estado norte-americano da Califórnia, para onde emigrou há mais de dez anos e obteve a nacionalidade norte-americana.
Foi detida em fevereiro de 2024 na Rússia, numa deslocação para visitar os seus avós.
Desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, milhares de pessoas foram punidas, ameaçadas ou presas devido à sua oposição real ou suposta ao conflito.
Desde 2022, as autoridades russas aumentaram o número de detenções por "espionagem", "traição", "sabotagem", "extremismo" ou simples críticas ao exército, resultando frequentemente em penas de prisão muito pesadas.
Leia Também: Rússia diz que impediu sequestro de helicóptero militar russo