Marcelo em Cuenca e Quito para Cimeira Ibero-Americana no Equador
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, chega na quarta-feira a Cuenca, Equador, para participar na 29.ª Cimeira Ibero-Americana, depois de uma escala em Quito, onde no sábado se irá encontrar com a comunidade portuguesa.
© Miguel Figueiredo Lopes/Presidência da República
Mundo Cimeira
Este deverá ser o último encontro de chefes de Estado e de Governo da comunidade ibero-americana -- que se realizam de dois em dois anos -- durante a presidência de Marcelo Rebelo de Sousa, que termina em 09 de março de 2026.
A Cimeira Ibero-Americana de Cuenca -- terceira maior cidade do Equador, situada na cordilheira dos Andes, a cerca de 2.500 metros de altitude -- terá início na quinta-feira ao fim do dia. A sessão plenária de chefes de Estado e de Governo será na sexta-feira.
Na quinta-feira, antes da cerimónia inaugural da cimeira e do jantar oficial, Marcelo Rebelo de Sousa irá participar numa reunião sobre o Programa Ibero-Americano de Deficiência e no 15.º Encontro Empresarial Ibero-Americano.
Na sexta-feira, o Presidente da República intervirá em nome de Portugal na sessão plenária da 29.ª Cimeira Ibero-Americana, que tem como tema "Inovação, inclusão e sustentabilidade". Após o fim dos trabalhos, seguirá para Quito.
"A participação na cimeira permitirá reiterar o firme compromisso de Portugal para com o constante reforço da cooperação no espaço ibero-americano, uma prioridade clara da política externa portuguesa", lê-se numa nota da Presidência da República.
Segundo a mesma nota, no sábado de manhã, na capital do Equador, o chefe de Estado terá "um momento de contacto e confraternização" com representantes da comunidade portuguesa, antes de viajar de regresso a Portugal.
A cimeira de Cuenca acontece num contexto de crise energética no Equador, com cortes diários de eletricidade, que se soma aos graves problemas de crime e violência neste país da América do Sul, atualmente presidido por Daniel Noboa.
No plano político e diplomático, o México cortou relações com o Equador por causa da invasão da embaixada mexicana em Quito em abril deste ano para deter o ex-vice-presidente do Equador Jorge Glas, caso que suscitou críticas mais alargadas no plano internacional.
A ibero-americana de Cuenca coincide com uma cimeira do fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), em Lima, no Peru, na qual está previsto que participem os presidentes dos Estados Unidos da América, Joe Biden, e da China, Xi Jinping.
O presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, cancelou a sua ida ao Equador, na sequência das inundações em Espanha, que estará representada em Cuenca apenas pelo chefe de Estado, Felipe VI, assim como Portugal.
Estão anunciadas várias ausências de presidentes de países sul-americanos, como Chile e Peru, que estarão em Lima, México e Brasil, país que na semana seguinte acolherá uma reunião do G20, no Rio de Janeiro, na qual está irá participar o primeiro-ministro português, Luís Montenegro.
A comunidade ibero-americana é composta por 22 países, dos quais três europeus, Portugal, Espanha e Andorra, e 19 latino-americanos: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela, México, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá, Cuba e República Dominicana.
A primeira cimeira desta comunidade realizou-se em 1991, em Guadalajara, no México. Os encontros repetiram-se, com periodicidade anual, até 2014. Desde então, passaram a ser de dois em dois anos.
Na maior parte das cimeiras ibero-americanas, Portugal tem estado representado conjuntamente pelos chefes de Estado e do Governo.
Marcelo Rebelo de Sousa e o anterior primeiro-ministro, António Costa, estiveram juntos nas cimeiras de Cartagena das Índias, na Colômbia, em 2016, de Andorra, em 2021 - adiada um ano devido à pandemia de covid-19 - e de Santo Domingo, na República Dominicana, em 2023.
Em 2018, na 26.ª Cimeira Ibero-Americana, na cidade histórica de Antiga, na Guatemala, só esteve o Presidente da República.
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