Num comunicado, as forças israelitas detalharam que, nas últimas semanas, a força aérea atacou as infraestruturas do grupo que os serviços secretos militares israelitas têm vindo a mapear há anos.
"Um dos principais locais visados foi revelado por Israel perante a Assembleia Geral da ONU em 2020, juntamente com outros locais. Este local foi estabelecido no coração do bairro de Choueifat, sob um complexo de cinco edifícios residenciais onde vivem cerca de 50 famílias, e está localizado a cerca de 85 metros de uma escola", lê-se no comunicado.
A fábrica, em particular, produzia componentes para mísseis de longo alcance "capazes de atingir qualquer ponto de Israel", disse o exército, que justificou a sua escalada contra o Hezbollah no Líbano alegando que o grupo apoiado pelo Irão planeava uma invasão do norte do Líbano.
Por outro lado, o porta-voz do exército israelita em língua árabe, Avichay Adraee, anunciou uma série de bombardeamentos na zona, visando "centros de comando, locais de produção de armas e outras infraestruturas militares".
"O [grupo] terrorista Hezbollah está a colocar as suas instalações no coração de centros populacionais civis como estratégia de combate, e este é mais um exemplo do Hezbollah a explorar os civis libaneses como escudos humanos", disse o porta-voz, um argumento que Israel também utiliza quando ataca infraestruturas civis em Gaza.
Desde o início do fogo cruzado entre Israel e o grupo xiita libanês, há pouco mais de um ano, foram mortas mais de 3.200 pessoas no Líbano, incluindo 201 crianças.
A grande maioria destas mortes ocorreu desde o início da campanha de bombardeamento maciço de Israel, há mais de um mês, seguida de uma ofensiva terrestre que, por sua vez, obrigou mais de 1,2 milhões de pessoas a abandonarem as suas casas, segundo dados do Governo libanês.
Do lado israelita, 76 pessoas foram mortas por ataques lançados a partir do Líbano, das quais 45 eram civis (seis estrangeiros).
Além disso, 34 soldados foram mortos em combate no sul do país vizinho, onde Israel está a levar a cabo uma invasão terrestre desde 01 de outubro.
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