Morreu Manmohan Singh, antigo primeiro-ministro da Índia. Tinha 92 anos

Manmohan Singh ficou conhecido como o arquiteto das reformas económicas no país, tendo estas sido responsáveis pela abertura da Índia ao mercado global.

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© Kalpit Bhachech/Dipam Bhachech/Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
26/12/2024 19:03 ‧ há 15 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Índia

O antigo primeiro-ministro da Índia Manmohan Singh morreu esta quinta-feira.

 

Singh foi primeiro-ministro antes de Narendra Modi, entre 2004 e 2014. Foi considerado o arquiteto de um acordo nuclear histórico com os Estados Unidos e também das principais reformas económicas mais liberais, tanto como chefe de governo como, antes disso, como ministro das Finanças. No governo, foi fundamental para abrir a economia ao país e ao mercado global.

O atual chefe de governo, Modi, já lamentou a situação, dizendo que "a sabedoria e a humildade de Singh foram sempre visíveis" durante as suas interações e que este tinha feito "um grande esforço para melhorar a vida das pessoas". Considerou Singh um "líder ilustre".

Singh morreu aos 92 anos, num hospital em Nova Deli, depois de ter perdido os sentidos na sua casa. A causa de morte ainda não é conhecida. 

"As manobras de reanimação foram iniciadas imediatamente em casa. Foi levado para a Emergência Médica" às 20h06 locais (14h06 de Lisboa), segundo o hospital All India Institute of Medical Sciences de Nova Deli, que acrescentou que, "apesar de todos os esforços, não pôde ser reanimado e foi declarado morto às 21h51 (15h51 de Lisboa)".

Singh estava a ser tratado por "problemas médicos relacionados com a idade", lê-se ainda no comunicado.

Foi reeleito após o seu primeiro mandato, mas o segundo ficou marcado por acusações de corrupção que mancharam o seu executivo. Muitos dizem que foram estas alegações que o fizeram perder em 2014, assumindo Modi o poder executivo do país. 

Singh nasceu a 26 de setembro de 1932. Era economista de profissão, tendo estudado na Índia e, mais tarde, no Reino Unido. Para além dos cargos no governo, foi também chefe do banco central e representante na Organização das Nações Unidas.

Leia Também: 'Os Versículos Satânicos' de Salman Rushdie regressa à Índia após 36 anos

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