O antigo primeiro-ministro da Índia Manmohan Singh morreu esta quinta-feira.
Singh foi primeiro-ministro antes de Narendra Modi, entre 2004 e 2014. Foi considerado o arquiteto de um acordo nuclear histórico com os Estados Unidos e também das principais reformas económicas mais liberais, tanto como chefe de governo como, antes disso, como ministro das Finanças. No governo, foi fundamental para abrir a economia ao país e ao mercado global.
O atual chefe de governo, Modi, já lamentou a situação, dizendo que "a sabedoria e a humildade de Singh foram sempre visíveis" durante as suas interações e que este tinha feito "um grande esforço para melhorar a vida das pessoas". Considerou Singh um "líder ilustre".
Singh morreu aos 92 anos, num hospital em Nova Deli, depois de ter perdido os sentidos na sua casa. A causa de morte ainda não é conhecida.
"As manobras de reanimação foram iniciadas imediatamente em casa. Foi levado para a Emergência Médica" às 20h06 locais (14h06 de Lisboa), segundo o hospital All India Institute of Medical Sciences de Nova Deli, que acrescentou que, "apesar de todos os esforços, não pôde ser reanimado e foi declarado morto às 21h51 (15h51 de Lisboa)".
Singh estava a ser tratado por "problemas médicos relacionados com a idade", lê-se ainda no comunicado.
Foi reeleito após o seu primeiro mandato, mas o segundo ficou marcado por acusações de corrupção que mancharam o seu executivo. Muitos dizem que foram estas alegações que o fizeram perder em 2014, assumindo Modi o poder executivo do país.
Singh nasceu a 26 de setembro de 1932. Era economista de profissão, tendo estudado na Índia e, mais tarde, no Reino Unido. Para além dos cargos no governo, foi também chefe do banco central e representante na Organização das Nações Unidas.
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