Oficial russo visita principal montra de equipamento aeronáutico da China

O secretário do Conselho de Segurança da Rússia e antigo ministro da Defesa, Sergey Shoigu, visitou hoje a 15.ª Feira Internacional de Aviação de Zhuhai, que está a decorrer esta semana no sul da China.

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Lusa
14/11/2024 09:47 ‧ há 2 semanas por Lusa

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Shoigu, que se reuniu com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, na terça-feira, percorreu vários pavilhões da exposição, informou a televisão estatal chinesa CCTV.

 

O político visitou áreas de exposição de veículos aéreos não tripulados ('drones'), entre outros dispositivos, e visitou a área onde a empresa russa Rostec está a expor os seus produtos.

Shoigu está na China para uma ronda de consultas estratégicas de segurança, na sua primeira visita ao país asiático desde que assumiu o seu novo cargo de secretário do Conselho de Segurança russo.

Em Zhuhai estão ainda expostos os caças chineses J-22 e J-35A, que o país asiático diz poderem rivalizar com os mais recentes modelos norte-americanos da mesma classe.

Durante o encontro de terça-feira, Wang Yi garantiu a Shoigu que as relações China-Rússia "resistiram ao teste dos altos e baixos internacionais" e que os dois países deram "importantes contribuições para promover a solidariedade e a cooperação entre os países do 'Sul Global'".

"Quanto mais complicada for a situação internacional e quanto mais desafios externos existirem, mais a China e a Rússia devem manter-se firmes na solidariedade e na cooperação em defesa dos interesses comuns", sublinhou o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros durante a reunião.

Shoigu afirmou que as relações bilaterais entre as duas potências são "um importante fator de estabilização nos assuntos internacionais" e manifestou a sua satisfação pelo facto de "a cooperação estratégica global dos dois países se encontrar a um nível sem precedentes".

O oficial russo foi demitido do cargo de ministro da Defesa da Rússia em maio, na sequência de críticas à forma como lidou com a guerra na Ucrânia.

Desde o início do conflito, a China tem mantido uma posição ambígua, apelando ao respeito pela "integridade territorial de todos os países", incluindo a Ucrânia, e à atenção às "preocupações legítimas de todos os países", em referência à Rússia, com quem intensificou os seus laços nos últimos anos.

Não se sabe se a China forneceu diretamente apoio militar à Rússia, mas vendeu-lhe tecnologias de dupla utilização civil - militar que poderiam aumentar a capacidade russa de atacar alvos ucranianos.

A China é também um importante cliente do petróleo e do gás russos, num contexto de sanções internacionais que bloqueiam o acesso da Rússia aos mercados mundiais.

Semanas antes da invasão total da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022, o presidente russo, Vladimir Putin, visitou Pequim e as partes assinaram um longo acordo de cooperação, prometendo uma parceria ilimitada. Os dois países realizaram vários exercícios militares conjuntos e alinharam as suas políticas externas para desafiar o que designam de "hegemonia" dos EUA na cena internacional.

Leia Também: Seul admite reforçar apoio a Kyiv face a ajuda de Pyongyang à Rússia

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