Trump nomeia Robert F. Kennedy Jr. para secretário da Saúde

A decisão tem como objetivo "tornar a América grande e saudável de novo", destacou o presidente eleito dos Estados Unidos.

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© Tom Brenner for The Washington Post via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
14/11/2024 21:43 ‧ 14/11/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

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EUA

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, esta quinta-feira, que nomeou Robert F. Kennedy Jr. para o cargo de secretário da Saúde e dos Serviços Humanos.

 

Na rede social X, Trump anunciou a decisão com "grande entusiasmo" e frisou que "durante demasiado tempo, os americanos foram esmagados pelo complexo industrial alimentar e pelas empresas farmacêuticas, que se dedicaram ao engano, à desinformação e à desinformação no que respeita à saúde pública"

"A Segurança e a Saúde de todos os americanos é o papel mais importante de qualquer administração, e o HHS [secretário da Saúde e dos Serviços Humanos] desempenhará um papel importante ao ajudar a garantir que toda a gente será protegida de químicos nocivos, poluentes, pesticidas, produtos farmacêuticos e aditivos alimentares que contribuíram para a crise de saúde avassaladora neste país", sublinhou.

De acordo com Trump, Robert F. Kennedy Jr. "irá restaurar estas agências de acordo com as tradições da investigação científica de excelência e com os princípios da transparência, a fim de pôr termo à epidemia de doenças crónicas e de tornar a América grande e saudável de novo".

Recorde-se que Robert F. Kennedy Jr. chegou a ser candidato independente à Casa Branca, mas desistiu em agosto e anunciou o seu apoio a Donald Trump, acusando os democratas de se terem tornado no partido da censura e das guerras eternas. 

"Prometi que iria sair da corrida se me tornasse um empecilho", afirmou, na altura, o ex-democrata, sobrinho do presidente John F. Kennedy. "Já não acredito que tenho um caminho para a vitória", frisou. 

Kennedy disse também que queria salvar "milhões de crianças" que sofrem com doenças crónicas devido à "corrupção" das agências governamentais, que numa futura administração com Trump ele irá encher de médicos que não estão dependentes de grandes farmacêuticas. 

"Vamos trazer comida saudável de volta aos almoços escolares", prometeu, dizendo também que vão acabar com os subsídios a alimentos nocivos. 

Num comício em Nova Iorque no final da campanha eleitoral, Trump já tinha avançado que se derrotasse a vice-presidente e candidata democrata, Kamala Harris, nas presidenciais de 5 de novembro, iria permitir que Kennedy Jr. assumisse a pasta da saúde.

O filho do ex-procurador-geral dos EUA Robert F. Kennedy e sobrinho do ex-presidente John F. Kennedy, ambos assassinados na década de 1960, é, na opinião de Trump, "um sujeito fantástico" e com bons conhecimentos sobre pesticidas e meio ambiente.

Grande parte do clã Kennedy virou-lhe as costas por causa das teorias da conspiração que começou a espalhar durante a pandemia de Covid-19 sobre as vacinas, como a de que este vírus tinha como objetivo atacar caucasianos e negros e que as pessoas mais imunes são os chineses e os judeus asquenazes.

Kennedy Jr. relacionou ainda os tiroteios em massa nas escolas com antidepressivos como o Prozac, denunciou que os democratas recebem muito mais dinheiro das empresas farmacêuticas do que os republicanos e está convencido de que as vacinas causam autismo.

Trump tinha-lhe garantido que teria um cargo relacionado com a Saúde no seu futuro executivo: "Promessa cumprida", frisou hoje na rede social X Donald Trump Jr., filho mais velho do ex-presidente (2017-2021) e magnata nova-iorquino.

A nomeação de Kennedy Jr. junta-se à polémica lista com que Trump prepara o seu segundo mandato, que inclui como procurador-geral o congressista conhecido por posições políticas polarizadoras Matt Gaetz, acusado de tráfico sexual de menores, o proprietário da X, Elon Musk, como responsável pela eficiência governamental, ou o apresentador da Fox News, Pete Hegseth, como chefe do Pentágono (Departamento de Defesa).

[Notícia atualizada às 23h09]

Leia Também: Escolha de Trump para procurador-geral gera críticas... de republicanos

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