"Apelamos aos nossos parceiros para que tomem medidas decisivas para prender o agressor e levar à justiça os responsáveis pelos crimes cometidos", afirmou, em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano.
Este organismo falou em "uso de produtos químicos proibidos pela Rússia no campo de batalha", considerando que "demonstra mais uma vez o desrespeito cónico da Rússia pelo direito internacional".
Moscovo ainda não reagiu às acusações da OPAQ.
Na segunda-feira, a organização com sede em Haia, na Holanda, anunciou ter descoberto gás lacrimogéneo em amostras fornecidas pela Ucrânia, originárias da região centro-leste de Dnipropetrovsk.
A Convenção sobre Armas Químicas proíbe a utilização de agentes de controlo de distúrbios, incluindo gás CS, "como meio de guerra".
Esta é a primeira vez que o uso de gás antimotim é confirmado em áreas onde ocorrem combates na Ucrânia, segundo a OPAQ, que, no entanto, sublinhou que o seu relatório "não procurou identificar a fonte ou a 'origem do gás tóxico químico'.
O gás CS, não letal, causa irritação sensorial.
O Reino Unido e os Estados Unidos já acusaram a Rússia de usar o agente tóxico cloropicrina, bem como agentes de controlo de distúrbios contra as tropas ucranianas, em violação da Convenção sobre Armas Químicas.
A Rússia e a Ucrânia acusaram-se mutuamente de usar armas químicas durante 1.000 dias desde a invasão russa.
O Diretor-Geral da OPAQ, Fernando Arias, expressou já "profunda preocupação", lembrando que os estados membros da OPAQ, incluindo a Rússia e a Ucrânia, "estão comprometidos a nunca desenvolver, produzir, adquirir, armazenar, transferir ou utilizar produtos químicos armas".
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