De acordo com a nota militar, os onze drones foram destruídos entre as 18h00 e as 19h00, horas locais (15h00 e 16h00 de Lisboa).
O ataque de 'drones' ucranianos surge depois de Moscovo ter confirmado a primeira ofensiva com mísseis ATACMS contra Bryansk.
Segundo os militares russos, cinco mísseis foram abatidos e fragmentos de um sexto atingiram o complexo de uma instalação militar em Bryansk sem causar vítimas ou danos.
Anteriormente, o Estado-Maior ucraniano tinha revelado, sem fornecer detalhes sobre o tipo de armamento utilizado, um ataque bem-sucedido contra um arsenal do Exército Russo em Bryansk.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, afirmou hoje que o Ocidente procura uma escalada do conflito na Ucrânia e insistiu que, sem a participação de especialistas norte-americanos, é impossível utilizar os mísseis balísticos que atingem o território russo.
Lavrov voltou a referir as palavras do Presidente russo, Vladimir Putin, que anteriormente falou do envolvimento direto da NATO na guerra em caso de autorização de ataques ao território russo com armas ocidentais de longo alcance.
Da mesma forma, lembrou que a nova doutrina nuclear russa foi hoje aprovada e confiou que os líderes ocidentais irão "estudá-la bem".
No sentido contrário, as autoridades ucranianas informaram hoje que pelo menos uma pessoa morreu e quase vinte ficaram feridas, vítimas de um novo ataque das forças russas na região de Kherson, no sul do país.
"O Exército Russo voltou a bombardear localidades na região de Kherson, utilizando aviões, artilharia, morteiros e drones", disse a Procuradoria Regional no Telegram.
Hoje assinalam-se mil dias do conflito na Ucrânia, iniciado com a invasão da Rússia em 24 de fevereiro de 2022, numa fase em que as forças ucranianas perdem território na frente leste do país e que tentam manter as posições ocupadas desde agosto na região fronteiriça russa de Kursk.
No domingo, os Estados Unidos autorizaram o uso sem precedentes de mísseis norte-americanos de longo alcance em solo russo, como forma de tentar inverter o curso da guerra, antes da chegada do inverno e do republicano Donald Trump, crítico do apoio militar de Washington a Kyiv, à Casa Branca.
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