Estes acordos, assinados entre a Missão de Defesa da República da China (nome oficial de Taiwan) nos Estados Unidos e o Instituto Americano em Taiwan (AIT, a embaixada de facto de Washington na ilha), preveem a compra de peças e acessórios de aviação "normalizados" e "não normalizados" e de "peças e acessórios para navios", segundo três avisos publicados no Sistema Eletrónico de Aquisições do Governo de Taiwan.
Os contratos são válidos até ao segundo semestre de 2026 e o equipamento será utilizado nas instalações da força aérea e da marinha nas cidades de Kaohsiung e Tainan, bem como na vila de Pingtung, de acordo com os avisos oficiais.
A compra destas peças sobresselentes militares destina-se a fazer face à crescente pressão militar da China, que considera a ilha, governada autonomamente desde 1949, uma província sua.
As tensões entre Taipé e Pequim intensificaram-se após a tomada de posse do líder pró-soberania William Lai em Taiwan, a 20 de maio.
Desde então, o ministério da Defesa Nacional de Taiwan detetou mais de 3.000 aviões militares chineses a operar em torno da ilha, dos quais 2.160 atravessaram a fronteira taiwanesa ou violaram a autoproclamada Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) de Taiwan.
Neste contexto, o governo propôs aumentar o seu orçamento de defesa para um "máximo histórico" de 647 mil milhões de dólares taiwaneses (quase 20 mil milhões de euros) até 2025.
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