"Vladimir Putin pode mudar as coisas reconsiderando a sua posição sobre a Coreia do Norte, mas é uma escalada e, obviamente, teremos de lutar contra esta escalada por todos os meios", frisou Sébastien Lecornu, no canal francês CNews.
Para o ministro, "o compromisso das forças norte-coreanas com as forças armadas russas altera a situação" porque "o facto de uma potência tão desestabilizadora como a Coreia do Norte, proliferando no campo nuclear, mobilizar mais de 10 mil homens, o que , na gramática militar, é um sinal absolutamente importante, (...) é um enorme 'game changer'", insistiu.
"Portanto, não devemos pensar que Washington e que as várias forças aliadas vão deixar isto passar, porque claramente é uma escalada", acrescentou.
Segundo o ministro da Defesa francês, a decisão do Presidente russo Vladimir Putin "reflete uma subestimação do impacto que isto pode ter não só nos europeus, mas especialmente nos americanos".
Os Estados Unidos autorizaram a Ucrânia pela primeira vez a utilizar mísseis norte-americanos contra território russo na segunda-feira.
No dia seguinte, os meios de comunicação britânicos informaram que Kiev usou mísseis de cruzeiro Storm Shadow contra alvos na Rússia, o que implica a permissão de Londres.
Vladimir Putin, por seu lado, estimou hoje que o conflito na Ucrânia assumiu um "caráter global", não descartando atacar os países que forneceram a Kiev armas utilizadas contra o território russo.
Confirmou também que as suas forças atacaram a Ucrânia na quinta-feira com um novo tipo de míssil hipersónico de médio alcance.
Questionado sobre este assunto, Sébastien Lecornu indicou que Paris estava a recolher informações sobre o disparo.
"Esta não é a primeira vez que o presidente russo utiliza a dissuasão nuclear", observou.
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