O currículo adotado pelo conselho de educação do Estado do Texas, que é controlado por republicanos eleitos, foi aprovado numa votação final de 8-7 com críticas de que as aulas fariam sectarismo aos jovens alunos e afastariam os alunos de outras religiões que não o cristianismo.

Os defensores argumentaram que a Bíblia é uma característica central da história norte-americana e que o seu ensino enriquecerá as aulas, noticiou a agência Associated Press (AP).

A aprovação permite que as escolas do Texas, que tem mais de 5 milhões de alunos de escolas públicas, comecem a utilizar o material desde o jardim de infância até às salas do quinto ano já no próximo ano.

Os legisladores republicanos celebraram a votação, incluindo o poderoso vice-governador do Texas, Dan Patrick, que se comprometeu a aprovar no próximo ano legislação que se seguiria ao Estado de Louisiana numa tentativa de exigir que as escolas exibissem os Dez Mandamentos nas salas de aula.

As escolas não são obrigadas a utilizar o material, mas aquelas que o fizerem receberão um financiamento extra do Estado.

Nos materiais recentemente aprovados para o jardim de infância, uma lição sobre ajudar o próximo instrui os professores a falar sobre a 'Regra de Ouro', utilizando lições da Bíblia.

Também instrui os professores a explicar que a Bíblia é "uma coleção de textos antigos" e que as suas diferentes partes são "os livros centrais das religiões judaica e cristã".

Numa aula do terceiro ano sobre o primeiro Dia de Ação de Graças, o material orienta os professores para discutirem como o governador de Plymouth fez uma oração e fez um discurso que incluía referências a "várias passagens da Bíblia cristã no livro dos Salmos".

Os professores são então instruídos a dizer aos alunos que o livro dos Salmos é uma coleção de canções, poemas e hinos "que são usados tanto no culto judaico como no cristão".

Com o novo currículo, o Texas seria o primeiro Estado a introduzir lições bíblicas nas escolas desta forma, de acordo com Matthew Patrick Shaw, professor assistente de políticas públicas e educação na Universidade Vanderbilt.

Ainda não se sabe se os planos de aula serão considerados constitucionais, alertou também.

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