"As nossas forças continuam a repelir a grande ofensiva lançada por grupos terroristas armados", assegurou o Exército sírio num comunicado, acrescentando que "conseguiram recuperar o controlo de certas posições".
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos também confirmou que as fações armadas "conseguiram entrar nos limites dos bairros de Hamdaniya e Nova Alepo", no oeste da cidade, onde os rebeldes realizaram "um duplo ataque suicida" com dois carros armadilhados.
"As nossas forças estão a penetrar no bairro de Hamdaniya e no bairro de Nova Alepo e continuam a avançar, com a ajuda de Deus", anunciou a Administração de Operações Militares dos rebeldes no seu canal da rede social Telegram, onde pediu aos cidadãos que "cooperassem" para "expulsar" o Exército do Presidente sírio, Bashar al Assad.
Segundo o Observatório - com sede no Reino Unido e uma ampla rede de colaboradores no terreno - ocorreram "confrontos violentos" entre ambos os lados "após o avanço de um grande número de membros da Organização de Libertação do Levante e das fações em direção à cidade de Alepo".
Horas antes, os combates ocorreram nos arredores da cidade do norte da Síria, onde os insurgentes assumiram o controlo do Centro de Investigação Científica.
O Exército sírio e o Comando das Forças Armadas afirmaram em comunicado que os seus soldados destacados em Alepo e na vizinha Idlib -- o último bastião da oposição no país -- "continuam a enfrentar o grande ataque lançado por organizações terroristas armadas".
"As nossas Forças Armadas conseguiram causar pesadas perdas aos grupos atacantes, causando centenas de mortos e feridos, destruindo dezenas de veículos blindados e conseguindo abater e destruir 17 'drones'", disse o Exército sírio, acrescentando que continua a reforçar "todos os pontos" para repelir ataques.
As forças militares regulares recuperaram também algumas áreas ocupadas por fações armadas apoiadas pela Turquia -- apoiantes da oposição síria -- depois de o Observatório ter informado que mais de 50 cidades estavam sob controlo dos rebeldes após três dias de combates.
Pelo menos 255 pessoas morreram desde o início da violência na quarta-feira, incluindo 24 civis -- a grande maioria em bombardeamentos da Rússia, aliada de Damasco -, 144 combatentes da oposição e 87 soldados do Exército sírio e grupos aliados, segundo o Observatório.
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