MNE alemã chega à China para discutir guerra na Ucrânia

A chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock, aterrou hoje em Pequim para abordar com o homólogo chinês, Wang Yi, questões de segurança, como a guerra na Ucrânia, e os diferendos comerciais entre Pequim e Bruxelas.

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© REUTERS/Michele Tantussi

Lusa
02/12/2024 06:56 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Alemanha

Em declarações divulgadas pela embaixada alemã em Pequim na rede social Weibo, após a chegada, a ministra disse que não ia ignorar "o facto de a China estar a ir contra interesses europeus fundamentais através da ajuda económica e do fornecimento de armamento à Rússia".

 

"A brutal guerra de agressão de Putin contra a Ucrânia ameaça diretamente a paz na Europa", acrescentou Baerbock, que instou Pequim a "assumir a responsabilidade pela paz e segurança no mundo como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU".

Desde o início da guerra na Ucrânia, a China tem mantido uma posição ambígua, apelando ao respeito pela "integridade territorial de todos os países", incluindo a Ucrânia, e à atenção às "preocupações legítimas de todos os países", em referência à Rússia, negando, no entanto, ter prestado assistência militar a Moscovo.

Baerbock abordará igualmente as tensões comerciais entre a China e a União Europeia (UE) durante a estada de dois dias no país asiático.

"Não toleraremos que outros violem as regras em detrimento da indústria alemã e europeia, seja através da sobreprodução subsidiada pelo Estado, seja na questão dos Direitos Humanos, quando normas laborais fundamentais são ignoradas", avisou.

A chefe da diplomacia alemã garantiu ainda que a Alemanha "não vai fechar os olhos" se "a concorrência económica for abusada e transformada em concorrência sistémica".

Desde outubro passado, a UE aplicou taxas adicionais de até 35,3% sobre os veículos elétricos importados do país asiático.

O bloco tomou esta medida por considerar que recebeu apoio suficiente na votação que os governos da UE realizaram em outubro: cinco países opuseram-se à aplicação das taxas (incluindo a Alemanha), dez apoiaram-nas e 12 abstiveram-se.

Além do encontro com Wang, Baerbock deve reunir-se com representantes de empresas alemãs na China.

Depois da viagem à China, a ministra seguirá diretamente para Bruxelas para a próxima reunião do Conselho de ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO, que decorre entre terça e quarta-feira, com destaque para o apoio ocidental à Ucrânia, os ataques híbridos da Rússia e a cooperação de Moscovo com a China e a Coreia do Norte.

Leia Também: Sindicato convoca trabalhadores da Volkswagen na Alemanha para a greve

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