A medida, que entra em vigor hoje, surge depois de Washington ter anunciado novas restrições tecnológicas contra a China para limitar a sua capacidade de desenvolver semicondutores avançados, o que Pequim denunciou como "um ato de coerção económica".
O ministério do Comércio declarou em comunicado que vai proibir a exportação de gálio, germânio ou antimónio com "dupla utilização civil e militar", ao mesmo tempo que será "mais rigoroso" na exportação de grafite.
A pasta argumentou que tomou esta medida "a fim de proteger a segurança e os interesses da China" e "cumprir as obrigações internacionais como a não-proliferação".
"Qualquer organização ou indivíduo de qualquer país ou região que viole as disposições acima referidas e transfira ou forneça artigos de dupla utilização originários da República Popular da China a organizações ou indivíduos nos Estados Unidos será responsabilizado nos termos da lei", advertiu a nota.
Um porta-voz do ministério disse que, nos últimos anos, os EUA "politizaram a utilização de conceitos como o de segurança nacional para restringir a exportação de bens para a China", e "colocaram empresas chinesas na lista de sanções para as reprimir".
"Os EUA prejudicaram seriamente os direitos e interesses legítimos destas empresas, bem como a estabilidade das cadeias industriais e de abastecimento globais", afirmou.
Em julho passado, a China anunciou restrições gerais à exportação de gálio e germânio, dois metais essenciais para o fabrico de semicondutores, um produto que está no centro das tensões comerciais e tecnológicas entre Pequim e Washington.
A China é o maior produtor mundial destes dois elementos, sendo responsável pela produção de mais de 95% do gálio e 67% do germânio.
Em agosto, Pequim anunciou a imposição de restrições à exportação de antimónio, um metal utilizado em vários setores industriais, como o fabrico de baterias e de retardadores de chama, e de outros elementos estratégicos. Em outubro, adotou ajustamentos nas suas políticas de controlo das exportações relacionadas com produtos de grafite, em nome da "segurança nacional".
O país asiático, principal produtor mundial de grafite, controla uma parte significativa do mercado mundial.
Estas novas restrições vêm juntar-se a uma série de medidas semelhantes aplicadas por Pequim nos últimos meses, como a proibição das exportações de tecnologia de fabrico de ímanes de terras raras.
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