MNE ucraniano exige à NATO mais mísseis de defesa antiaérea

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andrii Sybiha, exigiu hoje à NATO mais 20 sistemas de defesa antiaérea para ajudar a Ucrânia a enfrentar os cada vez mais frequentes ataques de mísseis russos.

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André Campos Ferrão
03/12/2024 12:56 ‧ há 19 horas por André Campos Ferrão

Mundo

Ucrânia

À chegada ao quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas, Andrii Sybiha apresentou o 'caderno de encargos' mais premente: A Ucrânia necessita "urgentemente" de sistemas de defesa antiaérea, nomeadamente os MIM-23 Hawk, os NASAMS, um sistema de defesa antiaéreo específico para 'drones' (veículos aéreos sem tripulação), e os IRIS-T.

 

"Só assim vamos conseguir evitar um apagão", referiu, aludindo aos cada vez mais frequentes ataques russos contra infraestruturas energéticas civis no território ucraniano.

Tanto o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, como o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, e o seu antecessor, Jens Stoltenberg, advertiram em várias ocasiões que a Rússia quer utilizar o inverno e a impossibilidade de a população aquecer as casas como uma arma.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO reúnem-se hoje no quartel-general da Aliança Atlântica, em Bruxelas, para discutir os últimos desenvolvimentos no conflito na Ucrânia, marcados por uma intensificação das manobras russas e o envolvimento de tropas norte-coreanas.

Os governantes com a pasta da diplomacia da NATO vão abordar os últimos desenvolvimentos da invasão russa da Ucrânia, mais de 1.000 dias depois do início da ocupação de grandes porções do território ucraniano.

Os ministros deverão abordar uma carta enviada pela Ucrânia à NATO a pedir um convite formal para aderir à Aliança Atlântica.

A carta, consultada por 'media' internacionais na semana passada, assinada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andrii Sybiha, pedia um convite para aderir à organização político-militar, um passo que faz parte do "plano para a vitória" do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

"O convite não deve ser visto como uma escalada [do conflito]", escreveu o governante.

Também na semana passada, numa entrevista à estação televisiva britânica Sky News, Zelensky afirmou que aceitaria um acordo de cessar-fogo, mesmo sem a devolução imediata dos territórios ocupados, em troca da adesão à NATO.

Ao final da tarde, está prevista uma conferência de imprensa conjunta do secretário-geral da NATO, Mark Rutte, com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia.

A guerra iniciada em fevereiro de 2022 registou nas últimas semanas novos desenvolvimentos, com Kyiv a denunciar o envio de milhares de tropas norte-coreanas para a Rússia e com Moscovo a intensificar as suas manobras e retórica, ameaçando o Ocidente com um novo míssil hipersónico.

O Rei da Jordânia e o secretário-geral da Aliança Atlântica deverão abordar o conflito no Médio Oriente, depois do cessar-fogo que entrou em vigor na semana passada no Líbano entre Israel e o grupo miliciano sediado no Líbano Hezbollah.

Leia Também: Rússia declara que adesão da Ucrânia à NATO seria ameaça "inaceitável"

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