O Presidente russo, Vladimir Putin, "está mais uma vez a utilizar o inverno como uma munição contra a população da Ucrânia", afirmou o chefe da diplomacia dos Estados Unidos da América (EUA) à chegada ao quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas, onde decorre hoje uma reunião ministerial da Aliança Atlântica.
"Não vamos deixar que isso aconteça", assegurou Blinken, acompanhado pelo secretário-geral da NATO, Mark Rutte.
Nas últimas semanas, a Rússia tem lançado ataques massivos às infraestruturas energéticas da Ucrânia, que deixaram um milhão de pessoas sem energia no oeste do território ucraniano.
Em funções até 20 de janeiro de 2025, dia marcado pela tomada de posse da nova administração norte-americana liderada pelo republicano Donald Trump, Antony Blinken deixou também a garantia de que todos os países da NATO estão comprometidos com o apoio à Ucrânia, "com tudo o que necessite para reagir à agressão russa".
Na segunda-feira, os EUA anunciaram um pacote de ajuda militar adicional à Ucrânia, no valor de 725 milhões de dólares (690 milhões de euros), que inclui mísseis e minas antipessoais.
No que pode ser considerado um alerta para a próxima administração norte-americana, Blinken, que é democrata, referiu ainda que a NATO "é a melhor garantia de segurança" e a única maneira de evitar uma hipotética guerra, uma vez que qualquer país tem consciência de que atacar uma nação da Aliança Atlântica é um ataque contra os 32 países que compõem o bloco.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
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