"Estamos indignados e queremos mais informações sobre este incidente", declarou o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Vedant Patel, numa conferência de imprensa.
O porta-voz norte-americano disse não ter mais informações sobre o que aconteceu, mas que "os trabalhadores humanitários devem ser protegidos para que possam distribuir ajuda em segurança, seja em Gaza ou em qualquer parte do mundo".
Por isso, acrescentou, o Exército israelita "tem de fornecer mais informação sobre este incidente".
"Não vou retirar qualquer conclusão sobre este assunto até termos acesso a mais informações e podermos reunir os factos. Mas, de um modo geral, instamos Israel a investigar de forma exaustiva e transparente ações como esta e a tomar as medidas adequadas no âmbito do seu sistema, incluindo a garantia de responsabilização judicial por quaisquer violações dentro do seu sistema", afirmou.
A maioria dos mortos pertencia à Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA), que registou a morte de pelo menos 249 elementos do seu pessoal naquele enclave palestiniano desde o início da guerra, a 07 de outubro de 2023.
Israel, que acusa a UNRWA de ser uma fachada do movimento islamita palestiniano Hamas, que desde 2007 governa a Faixa de Gaza, defende frequentemente os seus ataques às escolas ou armazéns da UNRWA com o argumento de que são utilizados por milícias palestinianas para se esconderem.
Pelo menos cinco palestinianos, entre os quais três trabalhadores da World Central Kitchen (WCK) e um trabalhador da Save the Children, foram mortos no sábado passado, quando o veículo em que seguiam foi atacado por um 'drone' (aeronave não-tripulada) israelita na cidade de Khan Yunis, oito meses depois do ataque israelita que matou sete dos trabalhadores da organização não-governamental (ONG) do chef espanhol José Andrés.
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