Fatah e o Hamas aproximam-se de um acordo preliminar sobre Gaza

A Fatah e o Hamas estão a aproximar-se de um acordo para nomear um comité de tecnocratas politicamente independentes para administrar a Faixa de Gaza após a guerra, disseram fontes palestinianas à Associated Press.

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© Mohammad Farid Mahmoud Abdullah/Anadolu via Getty Images

Lusa
04/12/2024 09:09 ‧ há 10 horas por Lusa

Mundo

Fontes palestinianas

Segundo a agência de notícias norte-americana, o acordo pode vir a limitar o domínio do Hamas e a contribuir para o avanço das conversações de um cessar-fogo com Israel na Faixa de Gaza.

 

As fações palestinianas rivais tentaram a reconciliação em várias ocasiões desde que o Hamas tomou o poder em Gaza em 2007.

Na terça-feira, um responsável da Autoridade Palestiniana confirmou que tinha sido alcançado um acordo preliminar após semanas de negociações no Cairo.

A mesma fonte disse que o comité seria composto por 12 a 15 membros, a maioria dos quais de Gaza.

O comité pode vir a responder perante a Autoridade Palestiniana, que tem sede na Cisjordânia ocupada por Israel, e trabalhar com entidades locais e internacionais para facilitar a assistência humanitária e a reconstrução.

Um funcionário do Hamas disse que o movimento que controla Gaza e a Fatah tinham chegado a um acordo sobre as condições gerais, mas que "ainda estavam a negociar alguns pormenores e as pessoas que iriam integrar o comité".

A fonte disse que o acordo seria anunciado após uma reunião de todas as fações palestinianas no Cairo, sem fornecer um calendário.

Os representantes das duas partes falaram sob condição de anonimato porque não estavam autorizados a informar os meios de comunicação social sobre as conversações.

Até ao momento não se registaram comentários de Israel.

O Hamas desencadeou a guerra com o ataque a Israel em 07 de outubro de 2023, no qual militantes palestinianos mataram cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis, e raptaram cerca de 250.

Cerca de 100 reféns permanecem em Gaza.

 A ofensiva de retaliação de Israel matou mais de 44 mil palestinianos, na maioria mulheres e crianças, de acordo com as autoridades sanitárias locais, que não indicam quantos dos mortos eram combatentes.

A ofensiva arrasou grande parte do território costeiro e deslocou a maioria dos mais de dois milhões de habitantes.

Leia Também: EUA pedem a Israel mais informações sobre morte de trabalhadores humanitários

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