O Corredor do Lobito, uma infraestrutura ferroviária que liga Angola às zonas de minérios da República Democrática do Congo (RDC) e da Zâmbia, na qual os Estados Unidos são um importante parceiro na renovação da parte já existente e construção de prolongamento, é o grande foco da viagem de Biden a Angola.
O Presidente dos EUA, que cumpre hoje o último dia da sua visita de Estado a Angola, onde chegou na segunda-feira, esteve acompanhado no Porto do Lobito pelo Presidente de Angola, João Lourenço, dos seus homólogos da RDComgo, Félix Tshisekedi, e da Zâmbia, Hakainde Hichelema, e do vice-Presidente da Tanzânia, Philip Mpango.
O chefe de Estado norte-americano observou a chegada do comboio carregado de cobre, que tem como destino New Orleans, nos Estados Unidos da América.
O LAR é um consórcio de empresas ao qual foi atribuído uma concessão que inclui a gestão integrada da linha férrea do Corredor do Lobito e do Terminal de Minerais do Porto do Lobito, por 30 anos.
Depois da visita ao Porto do Lobito, Joe Biden seguiu para uma visita ao grupo empresarial Carrinho, que conta com investimento norte-americano.
Para hoje está marcada uma cimeira de chefes de Estado dos Estados Unidos, Angola, RDCongo, Zâmbia e Tanzânia, sobre o Corredor do Lobito, infraestrutura que conta com investimentos significativos dos Estados Unidos e da União Europeia, e que vai permitir a ligação do porto da cidade angolana à República Democrática do Congo e à Zâmbia.
Este grande projeto de infraestruturas é visto como um afirmar as ambições de Washington face à China no continente africano.
À semelhança de Luanda, a província de Benguela também regista hoje tolerância de ponto, com interdição ao tráfego rodoviário nas principais vias e condicionantes no movimento aéreo, ficando proibido o comércio ambulante em todas as zonas com restrições na circulação e suspensos os funerais previstos para hoje nos cemitérios da Catumbela e Luhongo.
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