Ucrânia rejeita acusação russa de prestar apoio aos rebeldes sírios

A Ucrânia negou hoje ter dado apoio militar aos combatentes do grupo radical islâmico Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que lidera uma ofensiva contra as forças de Bashar al-Assad no noroeste da Síria, após acusações da Rússia.

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Lusa
04/12/2024 21:25 ‧ há 5 horas por Lusa

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Ucrânia

Kyiv "rejeita categoricamente as acusações infundadas da Rússia contra a Ucrânia relativamente ao seu alegado envolvimento no agravamento da situação de segurança na Síria", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano em comunicado.

 

A acusação russa foi feita terça-feira pelo seu representante na ONU, Vasily Nebenzya, durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU convocada para abordar a escalada das hostilidades na Síria.

"Queremos pedir especial atenção para os vestígios identificáveis que apontam para a principal direção de inteligência ucraniana, - o GUR - , na organização de atividades de combate e no fornecimento de armas aos combatentes no noroeste da Síria", disse o embaixador russo,

"A interação entre terroristas ucranianos e sírios, impulsionados pelo ódio à Rússia e à Síria, está a ocorrer tanto nas questões de recrutamento de militantes para as fileiras das Forças Armadas da Ucrânia, como na realização de ataques contra os militares russos e sírios na Síria", argumentou.

Na reunião, em que Estados Unidos e Rússia trocaram vários ataques, Nebenzya indicou que instrutores ucranianos, acompanhados por membros do HTS, foram vistos em Aleppo, acusando ainda Kyiv de treinar militantes do grupo radical islâmico para operações de combate.

"Os combateste do HTS não só não escondem o facto de serem apoiados pela Ucrânia, mas também o exibem abertamente", frisou, acusando a Ucrânia de fornecer 'drones' [aparelhos aéreos não-tripulados] ao rebeldes.

Uma coligação de rebeldes, dominada pelo grupo radical islâmico HTS, lançou uma ofensiva no noroeste da Síria em 27 de novembro, tomando dezenas de localidades e grande parte de Aleppo, a segunda maior cidade do país, antes de continuar a sua progressão em direção ao sul.

A Rússia, que intervém militarmente na Síria desde 2015, é um dos principais aliados do Presidente sírio, Bashar al-Assad.

O reacendimento do conflito, que teve início em 2011, já matou mais de 300 mil pessoas e fez sair do país quase seis milhões de refugiados, tem também amplas ramificações na região.

Leia Também: Ucrânia. Líder da Chechénia propõe usar prisioneiros como escudos humanos

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