Trump, e mais 14, foram acusados em 2021 pelo procurador do condado de Fulton, Fani Willis, de participar num esquema para anular ilegalmente o resultado das eleições presidenciais de 2020 na Geórgia, que o Presidente Joe Biden venceu por cerca de 17 mil votos.
Em setembro passado, o juiz responsável pelo julgamento, Scott McAfee, rejeitou várias acusações contra o Presidente eleito.
Trump enfrenta agora oito acusações em vez das 13 que constavam da acusação original.
O caso está parado no Tribunal de Recursos da Geórgia, que os advogados pediram para "confirmar a sua falta de jurisdição para continuar a ouvir" o caso, agora que Trump é o Presidente eleito.
Steve Sadow, o principal advogado de Trump no caso, disse que a defesa também pediu ao tribunal que ordenasse ao tribunal de primeira instância que encerrasse o caso imediatamente.
"Qualquer processo criminal em curso contra um Presidente em exercício deve ser arquivado de acordo com a Constituição dos Estados Unidos", reiterou Sadow em declarações citadas pela televisão Atlanta News First.
O advogado deu como exemplo os dois processos criminais federais contra Trump que já foram arquivados pelo Departamento de Justiça depois de o republicano ter ganho as eleições.
Na semana passada, um tribunal federal de recursos aceitou o pedido do procurador especial Jack Smith para arquivar o processo contra o Presidente eleito por ter manipulado documentos confidenciais na sua residência na Florida.
As acusações de agressão no Capitólio contra o republicano também foram arquivadas.
Na terça-feira, a defesa de Trump pediu o arquivamento do seu processo criminal em Nova Iorque, o único em que foi condenado, mas cuja sentença foi adiada indefinidamente.
Neste processo, Donald Trump foi declarado culpado, em 30 de maio, por um tribunal do estado de Nova Iorque, de "falsificação agravada de contabilidade para ocultar uma conspiração para perverter as eleições de 2016".
O processo diz respeito ao pagamento de 130 mil dólares (123 mil euros), disfarçados como sendo honorários legais, à atriz de filmes pornográficos Stormy Daniels para ocultar uma relação sexual em 2006, o que Donald Trump nega.
Mas o juiz Juan Merchan, que já adiou a sentença em várias ocasiões, permitiu que os advogados do Presidente eleito apresentassem um recurso para anular o processo, o que fizeram na segunda-feira.
O juiz deu ao Ministério Público um prazo até 09 de dezembro para responder, antes de se pronunciar sobre o pedido.
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