Mãe de refém britânica pede ajuda humanitária até libertação

A mãe da única refém britânica detida em Gaza pelo grupo islamita palestiniano Hamas pediu hoje maior pressão internacional para garantir ajuda humanitária aos reféns ainda em cativeiro. 

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Lusa
05/12/2024 11:57 ‧ 05/12/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Um acordo para libertar os reféns pode demorar semanas, meses ou até mais. Entretanto, o seu estado de saúde deteriora-se a cada minuto", afirmou hoje Mandy Damari durante uma conferência de imprensa em Londres. 

 

A ativista defendeu que "muito mais precisa de ser feito, e muito mais pode ser feito, para manter Emily e os outros reféns vivos enquanto permanecerem em cativeiro". 

Mandy Damari disse que o último sinal de vida que teve da filha de 28 anos foi há oito meses, mas que "apesar do longo silêncio", ainda credita que está viva.

"O Reino Unido assumiu um papel central no encaminhamento da ajuda para Gaza, o que apoio inteiramente, mas alguma dessa ajuda tem de chegar finalmente à minha filha e aos outros reféns", argumentou. 

A progenitora receia que "os próprios reféns estejam a lutar com unhas e dentes para se manterem vivos" e avisa: "Não podem sobreviver a um segundo inverno apenas com os nossos votos e orações".

Dos 251 sequestrados pelo Hamas a 07 de outubro do ano passado, 96 continuam no enclave, e as autoridades israelitas estimam que pelo menos 36 deles estejam mortos.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou na quarta-feira que Israel recuperou, numa operação especial, o cadáver do refém israelita Itay Svirsky, cuja morte em cativeiro em Gaza tinha sido confirmada em janeiro Hamas.

O Fórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos reúne os familiares da maioria dos cativos e pressiona permanentemente o Governo israelita para que chegue a um acordo em Gaza que garanta o seu retorno, após 425 dias de cativeiro.

Mandy Damari, de 63 anos, esteve esta semana na capital britânica para encontros com dirigentes políticos, nomeadamente o primeiro-ministro, Keir Starmer, o ministro dos Negócios Estrangeiros, David Lammy, e a líder do Partido Conservador, Kemi Badenoch. 

Na semana passada, Mandy visitou as Nações Unidas em Genebra, no Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, a 25 de novembro, onde também teve se reuniu com a Presidente da Cruz Vermelha, Mirjana Spoljaric.

Em novembro passado, referiu, segundo testemunhos de reféns libertados, "ela ainda tinha ânimo, estava a ajudar os outros a sobreviver,  mas isso foi há mais um de um ano". 

"Espero que ela seja tratada com dignidade, com respeito, que lhe seja dada comida e bebida e que seja mantida viva até voltar a casa", salientou. 

A Faixa de Gaza é cenário de conflito desde 07 de outubro de 2023, data em que Israel ali declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas -- desde 2007 no poder -, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis.

A ofensiva de retaliação de Israel matou mais de 44 mil palestinianos, na maioria mulheres e crianças, de acordo com as autoridades sanitárias locais, que não indicam quantos dos mortos eram combatentes.

A ofensiva arrasou grande parte do território costeiro e deslocou a maioria dos mais de dois milhões de habitantes.

Leia Também: Ministro da Defesa israelita admite novo acordo para libertar reféns em Gaza

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