A liderar o processo de destituição, o líder do Partido Democrático da Coreia admitiu que será difícil obter o apoio necessário para conseguir a saída de Yoon Suk-yeol já esta semana, mas destacou que se trata de "uma simples questão de tempo", segundo as citações publicadas pela agência noticiosa sul-coreana Yonhap.
Depois de recuar na imposição da lei marcial, que declarou na terça-feira, Yoon Suk-yeol enfrenta agora o pedido de seis partidos para a sua destituição, cuja aprovação necessita do apoio de dois terços dos deputados, ou seja, 200 dos 300 parlamentares que compõem a assembleia sul-coreana.
Para que a votação seja válida é necessária ainda a presença de mais da metade dos parlamentares.
Atualmente, o partido conservador Poder Popular, a força política de Yoon Suk-yeol, tem 108 assentos em comparação com os 192 da oposição.
"O problema é que alguns deputados do partido de Yoon estão dispostos a votar a favor (da saída), mas isso significaria quebrar a disciplina partidária e colocá-los-ia numa situação difícil", reconheceu Lee Jae-myung.
No entanto, o líder partidário está convicto que o Presidente "será destituído, seja em um dia, dois, uma semana, um mês ou três meses".
Na terça-feira, numa comunicação de surpresa ao país, o Presidente Yoon Suk-yeol justificou a imposição da lei marcial para "erradicar as forças pró-norte-coreanas e proteger a ordem constitucional".
Na mesma intervenção, Yoon acusou a oposição de atividades contra o Estado e de conspirar "para uma rebelião".
Horas depois, o Presidente da Coreia do Sul anunciou que ia suspender a lei marcial, que tinha sido entretanto revogada pelo parlamento.
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