A medida de coação foi aplicada na sequência do depoimento que o polícia militar prestou na Corregedoria da Polícia Militar.
Na noite de segunda-feira, os 'media' locais divulgaram imagens de três agentes da Polícia Militar de São Paulo, numa operação numa ponte, em que um dos agentes levanta uma moto do chão e a encosta num muro e um quarto polícia aparece segurando um homem pelas costas, que arremessa do alto da ponte sem razão aparente.
O agente da Polícia Militar, de 29 anos, é acusado de ter cometido ataque violento arbitrário por lançar a vítima de cima de uma ponte no bairro de Cidade Ademar, um distrito da zona sul da capital 'paulista'.
A vítima trabalha como entregador, sobreviveu à queda e "está bem", de acordo com o pai, que disse aos 'media' locais que o seu filho nunca teve problemas com a polícia.
O ataque gerou uma onda de críticas por movimentos sociais, que denunciaram o aumento dos casos de violência de agentes de segurança desde que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, iniciou a sua gestão, em 01 de janeiro de 2023.
Freitas, que era ministro do Governo do ex-Presidente Jair Bolsonaro (2019-2022) e que já defendeu publicamente que a polícia deve atuar com dureza contra o crime e minimizou, em outras ocasiões, queixas de abuso policial, perante a repercussão negativa dos casos de abuso policial e violência registados nos últimos dias, usou as redes sociais para dizer que os casos de violência provocados por agentes de segurança do Estado serão investigados e punidos.
"Um policial está na rua para combater o crime e fazer as pessoas se sentirem mais seguras, quem atira pelas costas, quem chega ao absurdo de jogar uma pessoa de uma ponte evidentemente não está à altura do uso do uniforme", escreveu o governador de São Paulo.
Pelo menos 768 pessoas foram mortas entre janeiro e novembro durante operações policiais em São Paulo, um aumento de 66% em relação aos dez primeiros meses de 2023. Na comparação com todo o ano passado, o aumento é de 42%.
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