Médica indicada por Trump envolvida em "disparo acidental" que matou pai

O New York Times dá conta de um episódio que, em 1990, acabou com a vida de um homem, na Florida. A filha da vítima, na altura com 13 anos, tentou salvar o pai e colocar-lhe gelo e toalhas à volta. Janette Nesheiwat, escolhida por Trump para cirurgiã-geral dos EUA, era essa menina.

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© Oleg Nikishin e Terry Wyatt/Getty Images

Notícias ao Minuto
09/12/2024 12:19 ‧ 09/12/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

Donald Trump

Janette Nesheiwat, indicada por Donald Trump para o cargo de cirurgiã-geral dos Estados Unidos, viveu um episódio traumático que, segundo conta, a fez escolher a medicina para profissão.

 

Num artigo publicado na sexta-feira, o New York Times dá conta de que a médica, de 44 anos, foi a autora de uma chamada feita às autoridades em 1990 quando, numa manhã de fevereiro, as autoridades receberam a chamada de uma menina, de 13 anos, sobre um acidente no qual o pai ficou ferido, e viria, no dia seguinte, a morrer.

"Eu estava no quarto do pai e eram cerca de 7h15. Estava à procura de umas tesouras. Abri a caixa de equipamento de pesca e tudo caiu", explicou a filha da vítima às autoridades, de acordo com um relatório obtido pelo Times.

Segundo o mesmo documento, "algo caiu e fez muito barulho" naquela casa de família em Umatilla, na Florida, onde Nesheiwat vivia com os pais e irmãos. "Vi sangue na orelha do meu pai", referiu na altura. Quando as autoridades chegaram encontraram no quarto uma arma curta, com projéteis de 9 mm. A investigação concluiu que a caixa com o equipamento de pesca tinha a arma no seu interior e, ao cair, "disparou acidentalmente".

O acidente foi também notícia no jornal local, onde se corroborava que este tinha sido um "acidente singular". O mesmo relatório dá conta de que quando os agentes chegaram à casa, Janette Nesheiwat estava à entrada com as suas duas irmãs. Uma delas, Jaclyn, na altura com nove anos, contou à polícia que entrou no quarto depois do tiro e que ainda "tentaram acordar o pai".

Num testemunho escrito, Jaclyn contou que ela pegou na arma, que estava no chão, e que a colocou na mesa de cabeceira - onde os agentes a encontraram.

A "trágica morte" que lhe definiu o futuro

Nesheiwat ganhou alguma projeção depois de começar a contribuir com conteúdos médicos na Fox News, canal de televisão apoiante do agora presidente-eleito Donald Trump. Este mês vai lançar um livro onde fala sobre a "morte trágica do pai" que moldou a sua carreira, não detalhando o acidente ou o disparo.

"Tal como diz no seu livro, tornou-se médica devido à trágica morte do seu pai", respondeu um porta-voz para a equipa de transição de Donald Trump, quando questionada pelo New York Times. Nesheiwat pode vir possivelmente a ser confirmada para o cargo, podendo vir a ser a principal conselheira de saúde do executivo norte-americano.

No livro em questão, que será lançado este mês, a profissional nunca menciona como o seu pai morreu, escrevendo apenas: "Quando tinha 13 anos, assisti impotente à morte do meu querido pai devido a um acidente, com sangue a jorrar por todo o lado [...]. Não pude salvar a vida dele. Este foi o início do começo da minha vida na arte de curar".

Ainda de acordo com o relatório acima citado, antes de ligar para o 911 [número de emergência dos Estados Unidos], a adolescente correu para a casa de banho para ir buscar toalhas - e depois gelo. Ligou às autoridades e quando os agentes lá chegaram deram com a vítima na cama, com a sua cabeça rodeada de almofadas. Os seus braços estavam cruzados sobre o peito, da direita para a esquerda.

Para além da Fox News, nos últimos 15 anos a mulher trabalhou para a CityMD, um dos maiores prestadores de serviços de cuidados de urgência em Nova Iorque e Nova Jérsia. 

Leia Também: "Preocupado". Pai de jovem que quis matar Trump ligou ao 112 após ataque

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