Austin falava em Tóquio na presença do homólogo japonês.
"Somos claros quanto aos desafios à paz e à estabilidade nesta região (Ásia-Pacífico) e no mundo. Isto inclui o comportamento intimidatório de Pequim no Mar no Mar da China Meridional e noutros locais da região", afirmou Lloyd Austin.
Taipé acusou a República Popular da China de ter enviado um destacamento naval para perto das águas territoriais de Taiwan.
Um responsável da Administração dos Estados Unidos, não identificado, disse à Agência France Presse que se verificava a presença de "quase 90 navios".
Uma porta-voz do Ministério da Defesa de Taiwan disse que este número é "mais elevado" do que o verificado durante as manobras militares executadas por Pequim em agosto de 2022, em resposta a uma visita a Taipé de Nancy Pelosi, a então Presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.
Austin também apontou a "guerra imprudente, escolhida pela Rússia na Ucrânia" e ao "apoio da República Popular Democrática da Coreia (Coreia do Norte) à guerra de Moscovo", bem como a outras atividades russas que considerou desestabilizadoras e provocadoras.
O secretário de Estado da Defesa disse também que Washington mantém "o compromisso de dissuasão (...) ao lado do Japão e da República da Coreia (Coreia do Sul)" que disse ser inabalável.
Austin realiza a 13ª e provavelmente última visita à Ásia como Secretário da Defesa antes do regresso de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos, em janeiro.
"Enfrentamos estes desafios com confiança e determinação e continuamos empenhados em fazer avançar a nossa histórica cooperação trilateral", afirmou.
O Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, pretende substituir Lloyd Austin por Pete Hegseth, um antigo militar que se tornou apresentador da cadeia de televisão Fox News.
O Ministro da Defesa japonês, General Nakatani, disse que a situação de segurança na região estava a tornar-se "cada vez mais grave", agradecendo a Austin o empenho na "dissuasão" como parte da aliança entre o Japão e os Estados Unidos.
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