Após a detenção - e revelada a identidade do assassino do CEO da UnitedHealthCare - vai sendo escrutinada a vida do jovem Luigi Mangione e as razões que o levaram a cometer um homicídio.
As mais recentes informações revelam aquela que é a sua família e a sua história de vida. Surpreendentemente, Luigi pertence a uma família abastada, bastante conhecida na sua comunidade local e que terá, inclusive, contribuído com milhões de dólares para a indústria da saúde.
O avó de Luigi, Nick Mangione Sr., é descendente de emigrantes italianos e orgulha-se de afirmar que chegou ao país sem um tostão e conseguiu tornar-se milionário. O homem lidera uma série de resorts locais, clubes country, lares e até uma estação de rádio.
Nick e a sua esposa, Mary, conquistaram o respeito local por serem também filantropos de renome, doando mais de 1 milhão de dólares ao Greater Baltimore Medical Center, onde nasceram todos os seus 37 netos - o que levou o estabelecimento a dar o nome da família à sua unidade de obstetrícia.
A Mangione Family Foundation também fez grandes doações a instituições locais como o St. Jude Children's Research Hospital e o St. Joseph Medical Center da Universidade de Maryland.
Conhecidos e amigos dizem que a reputação da família torna ainda mais difícil acreditar no ato cometido por um dos netos do homem e afirmam não entender o porquê da sua revolta contra os sistemas de saúde - que eram uma das maiores preocupações dos seus avós.
Recorde-se que o jovem de 26 anos matou o CEO de uma das maiores seguradoras norte-americanas na passada quarta-feira. Quando foi detido, o jovem tinha na sua posse um manifesto onde pedia desculpa sobre o trauma que poderia ter causado, mas não mostrava arrependimento.
"Um lembrete: os EUA têm o sistema de saúde n.º1 mais caro do mundo, mas estamos em 42.º lugar em termos de esperança de vida. A United é a maior empresa [palavra indecifrável] dos EUA em termos de capitalização bolsista, atrás apenas da Apple, Google e Walmart. Tem crescido e crescido, mas e a nossa esperança de vida? Não, a realidade é que estes [palavra indecifrável] simplesmente se tornaram demasiado poderosos e continuam a abusar do nosso país para obterem lucros imensos, porque o público americano lhes permitiu que se safassem", escreveu.
O jovem foi acusado de homicídio.
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