A direção central do partido decidiu "suspender todas as atividades do partido (...) até nova ordem" e "entregar todos os equipamentos, veículos e armas" ao Ministério do Interior, declarou o secretário-geral adjunto do partido, Ibrahim al-Hadid, em comunicado.
Além disso, "todos os bens e verbas do partido serão colocados sob a supervisão do Ministério das Finanças, e os seus juros serão depositados no Banco Central da Síria", acrescentou.
O enviado especial da ONU para a Síria, Geir Pedersen, já se encontra em contacto com "todos os atores-chave" para analisar o novo contexto político no país.
Na terça-feira, Pedersen sublinhou que a Organização Islâmica de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham, ou HTS, em árabe) e outras formações rebeldes enviaram "boas mensagens" à população desde o início da ofensiva relâmpago contra as tropas governamentais.
O enviado das Nações Unidas aventou igualmente a hipótese de a ONU considerar a possibilidade de retirar a HTS da sua lista de organizações terroristas.
Os rebeldes da coligação vitoriosa da HTS lançaram uma ofensiva relâmpago a 27 de novembro a partir da cidade de Idlib, um bastião da oposição, e conseguiram expulsar em poucos dias o Exército de Bashar al-Assad, apoiado pela Rússia e pelo Irão, das capitais provinciais de Alepo, Hama e Homs, abrindo caminho para Damasco, a capital do país, e pondo fim ao regime da família al-Assad, no poder desde 1971.
Bashar al-Assad, há 24 anos no poder na Síria, abandonou no domingo o país com a família e pediu asilo político na Rússia.
[Notícia atualizada às 22h04]
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