Liang Wen-chieh, porta-voz do Conselho dos Assuntos Continentais de Taiwan, o órgão responsável pelas relações com o continente chinês, disse que o governo de Taiwan está disposto a mostrar "a maior boa vontade" e a promover uma "atmosfera harmoniosa" entre os dois lados do Estreito, daí a aprovação deste pedido.
"Se as pressões do Partido Comunista Chinês sobre Taiwan conduzirem a uma deterioração da situação neste período, o Governo da cidade de Taipé acatará a decisão do Governo central de adiar o evento em qualquer altura", advertiu o porta-voz, citado pela agência noticiosa estatal taiwanesa CNA.
Taipé acolhe a 17 de dezembro uma nova edição do Fórum das Cidades Irmãs, um dos poucos espaços de diálogo entre Taiwan e a China que se realiza anualmente desde a sua criação em 2010, com as duas cidades a acolherem-no à vez.
Este ano, a delegação de Xangai será composta por 102 pessoas, entre as quais Hua Yuan, um dos oito vice-presidentes da Câmara Municipal da cidade.
De acordo com o governo de Taipé, as duas cidades assinarão dois memorandos durante o fórum: um sobre a cooperação no domínio da "medicina inteligente" e outro sobre o intercâmbio e a conservação dos pandas vermelhos.
O evento terá lugar num contexto de crescente fricção entre a China e Taiwan, uma ilha governada autonomamente desde 1949 e considerada pelas autoridades de Pequim como território seu.
Nos últimos dias, a China tem permanecido silenciosa face ao que Taiwan descreve como uma formidável demonstração de poder militar, com vários navios da marinha e da guarda costeira chinesas a navegarem numa área de cerca de mil quilómetros que se estende de Xangai (leste) à província de Fujian (sudeste).
Taipé detetou a presença de um total de 134 aviões, 39 navios militares e 17 "navios oficiais", próximo do seu território, nos últimos três dias, à semelhança de anteriores exercícios de guerra.
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