A embaixada do Japão na China emitiu um comunicado a alertar os cidadãos japoneses para o aumento do sentimento anti-japonês em dias comemorativos como este, na sequência de uma série de ataques recentes a cidadãos japoneses, incluindo menores.
O Massacre de Nanjing foi um dos episódios mais negros da Segunda Guerra Mundial.
Na sua mensagem, a embaixada sublinhou a necessidade de "exercer extrema cautela, evitar comportamentos conspícuos e ser discreto em locais públicos".
No aniversário do massacre, recordam-se os crimes cometidos entre dezembro de 1937 e janeiro de 1938, quando as tropas japonesas ocuparam a cidade chinesa com o mesmo nome, matando centenas de milhares de civis e soldados desarmados.
Pequim afirma que o número de mortos ultrapassou os 300.000, enquanto os números oficiais japoneses são consideravelmente inferiores, o que deu origem a tensões e controvérsia.
Entre as medidas preventivas recomendadas, o Japão pediu às autoridades chinesas que protegessem as escolas, as empresas e os locais ligados à sua comunidade.
As aulas também foram temporariamente suspensas em várias instituições japonesas na China, optando-se por modalidades 'online', para garantir a segurança, informou a agência noticiosa japonesa Kyodo.
O comunicado da embaixada sublinhou ainda a importância de "respeitar os costumes locais", "moderar a linguagem e o comportamento em público", "evitar usar roupas ou transportar objetos que identifiquem o viajante como japonês", "manter-se alerta em locais com muita gente" e "afastar-se imediatamente de indivíduos ou grupos suspeitos".
"Nos dias relacionados com acontecimentos históricos entre a China e o Japão, é necessário usar de extrema cautela. É essencial estar mais vigilante do que nunca no que diz respeito à segurança ao sair de casa", lê-se no texto.
O aviso do Japão aos seus cidadãos surge na sequência de incidentes violentos registados este ano na China.
Em junho passado, uma mulher japonesa e a sua filha foram esfaqueadas em Suzhou (leste), num incidente que resultou na morte de uma cidadã chinesa que tentou defendê-las, enquanto em setembro um rapaz japonês foi morto em Shenzhen (sul), durante o aniversário do Incidente de Mukden, um ataque a comboios japoneses provocado por Tóquio em 1931 como pretexto para defender a sua invasão do país vizinho.
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