A Jihad Islâmica, que participou nos ataques de 07 de outubro junto do Hamas contra Israel, referiu pelas 21:00 (19:00 em Lisboa) que atacou Ashkelon e as comunidades vizinhas com uma "vaga de mísseis".
Os serviços de emergência israelitas disseram que ainda não receberam qualquer relato de possíveis vítimas.
Os lançamentos de hoje acontecem depois de as forças israelitas terem atacado na noite de quinta-feira o campo de refugiados de Nuseirat, no centro da Faixa, para eliminar um alegado alto funcionário da Jihad Islâmica que, segundo Israel, estava escondido na zona.
O ataque matou mais de trinta palestinianos e deixou mais de 80 feridos, segundo as autoridades de Gaza, enclave controlado pelo Hamas, que acusaram Israel de saber antecipadamente que na zona bombardeada existiam numerosos blocos habitacionais onde estavam alojadas dezenas de civis.
O Exército israelita, que disse estar a analisar o sucedido, explicou que após os bombardeamentos foram detetadas explosões secundárias que "provavelmente danificaram um edifício próximo" da estrutura atacada, o que segundo as forças demonstra a presença de numerosas armas na zona.
Os lançamentos de projéteis pelas milícias palestinianas em Gaza contra Israel tornaram-se cada vez menos frequentes após 14 meses de guerra.
Na quarta-feira, o Exército israelita ordenou aos residentes de várias zonas do campo de refugiados de Al Maghazi, no centro da Faixa de Gaza, que se deslocassem para a designada "zona humanitária", junto à costa, após detetarem o lançamento de vários foguetes, que caíram em zonas despovoadas ou foram intercetados antes do impacto.
Israel geralmente ordena a evacuação das áreas onde deteta lançamentos de foguetes em Gaza, pouco antes de as bombardear.
A guerra em curso em Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo extremista palestiniano Hamas em Israel que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 44 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
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