Milhares desfilam em Roma em protesto contra nova lei de segurança

Uma marcha de protesto contra o novo projeto de lei de segurança do Governo italiano reuniu hoje em Roma cerca de 50 mil pessoas, segundo um cálculo da organização.

Notícia

© Reuters

Lusa
14/12/2024 21:11 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Itália

O pacote governamental da nova lei de segurança foi criticado por muitos quadrantes da sociedade, por, entre outros aspetos, alegadamente "minar o direito ao protesto pacífico".

 

O projeto de lei considera crime o bloqueio de estradas e ferrovias e as pessoas consideradas culpadas por estes atos poderão ser condenadas a penas até dois anos de prisão.

A medida tem sido vista como tendo como alvo os manifestantes climáticos, que frequentemente têm bloqueado estradas, em todo o país, na tentativa de chamar a atenção para a necessidade de enfrentar o problema do aquecimento global.

Até agora, esses protestos eram punidos com sanções administrativas, como multas.

Isto ocorre depois de o Governo italiano ter aumentado as penas numa medida anterior para protestos contra obras de arte e monumentos, com multas até 60.000 euros, depois de o grupo climático Last Generation (UG) ter realizado uma série de atentados ao pulverizar substâncias coloridas sobre vários monumentos famosos.

"Muitas, muitas pessoas estão nas ruas para protestar contra uma lei de medo, contra a direita que quer apagar o direito à liberdade e o direito à dissidência", disse Nicola Fratoianni da Aliança Verde-Esquerda (AVS), citada pela agência noticiosa AP.

Este pacote também inclui medidas para proteger a polícia, que está sujeita a atos de violência, um novo crime para punir as pessoas que organizam e/ou participam em revoltas nas prisões, procedimentos mais rápidos para libertar edifícios ocupados ilegalmente e penas mais duras para criminosos que enganem os idosos.

Reprime igualmente formas de "resistência passiva" a ordens, como greves de fome, e torna crime as empresas venderem cartões SIM a pessoas que não possuem documentos de identificação e autorização de residência.

Elimina também o impedimento de mulheres grávidas ou com filhos menores de um ano serem condenadas pena de prisão, uma medida considerada como tendo como alvo carteiristas nos transportes públicos.

Leia Também: Conselho da Europa critica Itália por abusos na detenção de migrantes

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas