Ex-líder da ala política do IRA terá de enfrentar a justiça civil em 2026

Gerry Adams, antigo dirigente da ala política do Exército Republicano Irlandês (IRA), será julgado em 2026 no âmbito de um processo apresentado por vítimas de atentados terroristas, anunciou hoje a sociedade de advogados que as representa.

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© Liam McBurney/PA Images via Getty Images

Lusa
16/12/2024 23:36 ‧ 16/12/2024 por Lusa

Mundo

Irlanda

Adams, ex-membro do Sinn Féin, de 76 anos, será julgado entre fevereiro e junho de 2026 no High Court de Londres, refere o comunicado. O julgamento deverá durar sete dias.

 

"Esta será a primeira vez que Gerry Adams será interrogado em tribunal sobre o seu alegado papel como Comandante-em-Chefe do Exército Republicano Irlandês Provisório durante os conflitos" na Irlanda do Norte, refere o comunicado.

O conflito, um período conhecido como 'The Troubles', que durou trinta anos e custou quase 3.500 vidas, terminou com o Acordo de Belfast, também conhecido como Acordo da Sexta-Feira Santa, em 1998.

A onda de violência na Irlanda do Norte opôs nacionalistas republicanos, maioritariamente católicos, favoráveis à reunificação da ilha da Irlanda, aos lealistas, maioritariamente protestantes, que defendiam a manutenção da província sob a coroa britânica, com o envolvimento do exército britânico.

Gerry Adams, que se demitiu do cargo de líder do Sinn Féin em fevereiro de 2018, está a ser processado por três homens: John Clark, vítima do atentado de 1973 em Old Bailey, Londres; Jonathan Ganesh, vítima do atentado de 1996 em Docklands, Londres; e Barry Laycock, vítima do atentado de 1996 no centro comercial Arndale, Manchester.

Os homens estão a pedir uma indemnização de 1 libra (1,20 euros).

Em maio de 2020, Gerry Adams ganhou um recurso no Supremo Tribunal britânico. O Tribunal decidiu que a ordem que levou à sua prisão na década de 1970 era "inválida". Nessa altura, foi preso sem julgamento.

Gerry Adams foi condenado em 1975 por duas tentativas de fuga.

A campanha de atentados do IRA na Grã-Bretanha, que durou desde o início dos anos 70 até aos anos 90, causou mais de 100 mortos e milhares de feridos.

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