Suspenso no sábado pelos deputados no âmbito do processo de destituição, Yoon Suk-yeol está a ser investigado judicialmente por duas acusações de rebelião, devido à declaração de lei marcial na noite de 03 de dezembro e por ter enviado o exército para o parlamento.
Yoon recuou seis horas depois, sob pressão da Assembleia Nacional e dos manifestantes.
O antigo procurador, de 63 anos, pode ser condenado a prisão perpétua e teoricamente até à pena de morte, se for condenado por rebelião. Está proibido de sair do país.
No entanto, a tentativa de Yoon "não se qualifica como rebelião", disse um dos advogados, de acordo com a Yonhap. "Iremos contestar em tribunal", disse.
"Apesar de não considerarmos que as acusações de rebelião sejam legalmente válidas, iremos cumprir as investigações", afirmou Seok Dong-hyeon.
O Ministério Público ordenou no início do dia a Yoon que se apresentasse para interrogatório até sábado, correndo o risco de ser alvo de um eventual mandado de captura se não o fizer, informou a Yonhap, citando os procuradores que lideram uma das duas investigações.
O presidente suspenso tem vindo a adiar as convocatórias desde domingo.
Ainda de acordo com a Yonhap, uma equipa de investigadores da polícia, da agência anticorrupção e do Ministério da Defesa, que conduz a segunda vaga de investigações, vai também tentar, durante o dia, fazer buscas nos escritórios da guarda presidencial para obter gravações telefónicas.
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