Pequim critica sanções da UE a empresas chinesas por apoio à Rússia

A China manifestou hoje forte insatisfação e oposição às "sanções irracionais" impostas pela União Europeia (UE) contra algumas empresas do país asiático, pelo seu alegado apoio à Rússia na guerra na Ucrânia.

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© Johannes Neudecker/picture alliance via Getty Images

Lusa
17/12/2024 09:04 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

China

"A China sempre se opôs a sanções unilaterais que não têm base no direito internacional e não são autorizadas pelo Conselho de Segurança da ONU", afirmou o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, em conferência de imprensa.

 

Lin Jian afirmou que o seu país "sempre tentou facilitar as negociações de paz na Ucrânia" e "nunca forneceu armas às partes em conflito".

"A China controla rigorosamente a exportação de produtos de dupla utilização", acrescentou o porta-voz, assegurando que o controlo das exportações de veículos aéreos não tripulados ('drones') é "o mais rigoroso do mundo".

De acordo com o porta-voz, "os contactos e a cooperação normais entre as empresas chinesas e russas não devem ser interferidos", acrescentando que "a maior parte dos países, incluindo a Europa e os Estados Unidos, mantêm atualmente relações comerciais com a Rússia".

Lin instou a UE a "não aplicar dois pesos e duas medidas na questão da cooperação económica e comercial com a Rússia", "deixar de difamar e culpar a parte chinesa de forma infundada" e "deixar de prejudicar os interesses legítimos das empresas chinesas".

Na segunda-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE apoiaram a inclusão de 84 nomes na lista de entidades penalizadas: 54 pessoas e 30 empresas consideradas responsáveis por ações que comprometem ou ameaçam a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia.

As entidades são principalmente empresas de defesa russas e companhias de navegação responsáveis pelo transporte marítimo de petróleo bruto e produtos petrolíferos, que "proporcionam receitas significativas ao governo russo", de acordo com a UE.

Pela primeira vez foram impostas sanções (proibição de viajar, congelamento de bens e proibição de disponibilizar recursos económicos) a uma série de entidades chinesas que fornecem 'drones' e componentes microeletrónicos para apoiar a guerra.

Desde o início do conflito na Europa, a China tem mantido uma posição ambígua, apelando ao respeito pela "integridade territorial de todos os países", incluindo a Ucrânia, e à atenção às "preocupações legítimas de todos os países", em referência à Rússia, com a qual intensificou os seus laços nos últimos anos.

Leia Também: Antigo funcionário condenado à pena de morte na China por corrupção

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