Japão lamenta libertação de defensor das baleias pela Dinamarca

O Governo japonês lamentou hoje a decisão da Dinamarca de recusar a extradição para o Japão e de libertar o defensor americano-canadiano das baleias Paul Watson, detido em julho na Gronelândia.

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Lusa
18/12/2024 06:18 ‧ há 3 horas por Lusa

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lamentável que o Governo dinamarquês não tenha aceite o pedido" de extradição de Tóquio, e o Japão "deu isso a conhecer ao lado dinamarquês", disse o porta-voz do Governo nipónico, Yoshimasa Hayashi.

 

O Japão acusa Watson de ser corresponsável pelos estragos e ferimentos dentro de um navio baleeiro japonês em 2010, no quadro de uma campanha lançada pela associação ecologista Sea Shepherd.

O ativista, de 74 anos, foi detido em Nuuk, capital do território autónomo dinamarquês da Gronelândia, a 21 de julho, depois do Japão ter reiterado um pedido de detenção emitido em 2012, através de um aviso vermelho da Interpol.

Watson foi detido quando estava a pilotar uma embarcação, chamada John Paul DeJoria (o nome de um bilionário norte-americano), para intercetar um novo navio-fábrica baleeiro japonês.

A Dinamarca recusou a extradição devido à "duração total da detenção de Paul Franklin Watson após a detenção em 21 de julho de 2024 e até que uma possível decisão de extradição possa ser executada".

De acordo com a decisão, citada pela agência de notícias France-Presse, o Governo dinamarquês sublinhou ainda "o facto de os atos pelos quais a extradição é solicitada datarem de há mais de 14 anos, bem como a natureza dos atos em geral".

Em outubro, o ministro dos Negócios Estrangeiros japonês, Takeshi Iwaya, garantiu que o pedido de extradição de Watson era uma questão de "aplicação da lei" e não de defesa da atividade baleeira.

A caça à baleia é é objeto de uma moratória desde 1986, mas que é contestada pelo Japão, a Islândia e a Noruega, que matam anualmente cerca de 1.200 baleias, de acordo com a Comissão Baleeira Internacional.

Em 05 de dezembro, a Islândia autorizou dois baleeiros a prosseguir a caça à baleia nos próximos cinco anos, permitindo a caça anual de 426 animais por época, de meados de junho a setembro.

Em 2023, a Islândia tinha suspendido a caça à baleia durante dois meses, depois de um inquérito governamental que apurou que os métodos empregues desrespeitavam as leis sobre o bem-estar animal.

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