"Consideramos esta escalada um desenvolvimento perigoso e uma extensão da agressão contra o povo palestiniano, a Síria e o mundo árabe", afirmou o movimento islamista num comunicado publicado poucas horas depois de ataques de Israel ao Iémen.
"Os caças da força aérea israelita atingiram alvos militares do regime terrorista dos Huthis na costa ocidental e no interior do Iémen", declarou o exército de Israel num comunicado publicado mais cedo.
Pelo menos nove pessoas morreram e outras três ficaram feridas hoje durante os ataques israelitas ao Iémen, informou o canal de televisão Al-Mashirah, controlada pelos rebeldes Huthis, que são apoiados pelo Irão.
O exército israelita tinha anunciado a interceção de um míssil disparado do Iémen - já reivindicado pelos rebeldes iemenitas -, o que acionou as sirenes de alerta no centro de Israel por receio da queda de destroços e, posteriormente, o ataque aos Huthis.
O canal Al-Massirah noticiou ataques contra a capital, Sana.
"Uma série de ataques agressivos teve como alvo a capital, Sana, bem como a província costeira de Hodeida, no oeste do país" esta manhã (hora local), afirmou.
De acordo com o Al-Massirah, foram atingidas duas centrais elétricas e uma infraestrutura petrolífera, enquanto quatro ataques visaram o porto de Hodeida, controlado pelos rebeldes.
O Irão condenou hoje os ataques israelitas contra portos e infraestruturas energéticas dos rebeldes Huthis no Iémen e acusou os Estados Unidos de cumplicidade nos "crimes do regime sionista".
Os Huthis já lançaram vários ataques contra Israel, alegando estar a agir em solidariedade com os palestinianos na Faixa de Gaza, onde uma guerra opõe Israel ao grupo islamita palestiniano Hamas.
Os rebeldes Huthis, que controlam uma grande parte do Iémen, também atacam regularmente navios que acreditam estar ligados a Israel, aos Estados Unidos ou ao Reino Unido, no mar Vermelho e no golfo de Áden, apesar dos ataques realizados pelo exército norte-americano, por vezes com a ajuda de forças britânicas.
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