O Exército israelita atacou "um local militar onde estavam armazenadas armas pertencentes ao antigo regime sírio na região de Qardaha, na Síria", segundo um comunicado das Forças de Defesa de Israel (FDI).
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização não-governamental sediada em Londres com uma vasta rede de colaboradores na Síria, relatou uma explosão na região depois de um avião "provavelmente israelita" ter sobrevoado o local.
A agência oficial de notícias síria noticiou posteriormente "ataques aéreos realizados por aeronaves israelitas nas proximidades de Tartus", sem indicar, num primeiro momento, a ocorrência de vítimas.
A cidade de Qardaha situa-se a cerca de 60 km a norte de Tartus.
Após a queda do regime de Bashar al-Assad, em 08 de dezembro de 2024, numa operação relâmpago de uma aliança rebelde, o Exército israelita realizou centenas de ataques a instalações militares, afirmando querer evitar que o arsenal das antigas forças de Damasco caísse em mãos hostis.
Na terça-feira, foram relatados ataques a instalações militares no sul da Síria, poucos dias depois de o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter exigido a desmilitarização da região.
Pelo menos duas pessoas morreram no ataque contra um dos locais, a sede de uma unidade militar a sudoeste de Damasco, informou na altura o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
No período de transição do poder sírio, Israel ocupou militarmente várias áreas na "zona tampão" entre os dois países.
O novo poder de Damasco é liderado por Ahmed al-Charaa, que dirigiu as forças da Organização para a Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham, HTS), principal grupo da coligação rebelde que derrubou décadas do regime da família Assad, apoiado por Rússia e Irão.
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