FLEC-FAC reivindica morte de 32 militares das Forças Armadas Angolanas

A Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC), movimento independentista, anunciou hoje a morte de "24 soldados angolanos e oito oficiais militares das FAA", pelas Forças Armadas de Cabinda (FAC), segundo o Estado-Maior da FLEC-FAC.

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Lusa
03/03/2025 19:22 ‧ há 3 horas por Lusa

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Num "Comunicado de Guerra", no qual apela "a todos os investidores franceses e portugueses para que abandonem imediatamente Cabinda", a FLEC-FAC alega que, na manhã de hoje, junto à aldeia de Tando-Maselelee Nviedi, na região de Belize, as FAC "lançaram vários ataques com armas pesadas contra posições das forças ocupantes angolanas FAA [Forças Armadas Angolanas]".

 

Segundo a nota, "24 soldados angolanos e oito oficiais militares das FAA morreram durante os combates e 11 [ficaram] feridos (...). Milhares de pessoas fugiram para a vizinha República Democrática do Congo desde que os combates começaram", hoje de manhã.

No documento, assinado pelo chefe da direção das Forças Especiais das FAC, tenente-general João Cruz Mavinga Lúcifer, destaca-se que, depois da entrevista do Presidente de Angola, João Lourenço, à revista Jeune Afrique, "as FAC decidiram intensificar a ação militar em todo o território de Cabinda".

O chefe de Estado angolano, nessa entrevista, afirmou que a situação de segurança na província petrolífera de Cabinda é estável e a FLEC-FAC não representa qualquer ameaça para o território angolano.

Segundo o comunicado, as FAC "apelam a todos os investidores franceses e portugueses para que abandonem imediatamente Cabinda".

"O Alto Comando Militar da FLEC/FAC lembra que todo o espaço de Cabinda é um território em estado de Guerra, preservando a FLEC-FAC o seu legítimo dever de proteger as populações cabindesas contra as forças de ocupação angolanas", lê-se no documento.

A FLEC/FAC reivindica há vários anos a independência do território de Cabinda, província de onde provém grande parte do petróleo angolano, evocando o Tratado de Simulambuco, de 1885, que designa aquela parcela territorial como protetorado português.

A Lusa tentou contactar o Ministério da Defesa, mas sem sucesso.

Leia Também: Cólera matou mais de 200 pessoas em Angola desde janeiro

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