O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, disse em conferência de imprensa que "não tinha conhecimento" dos pormenores do incidente.
No entanto, Lin afirmou que o seu país "pede sempre aos seus cidadãos que respeitem as leis e regulamentos locais" e às autoridades estrangeiras que "protejam os direitos e interesses legítimos das empresas e indivíduos chineses".
"Esperamos que a Alemanha se atenha aos factos", acrescentou o porta-voz, apelando a Berlim para que "proteja efetivamente os direitos dos cidadãos chineses na Alemanha".
De acordo com as autoridades alemãs, o homem está detido depois de ter sido preso a 09 de dezembro e está a ser investigado por suspeita ao abrigo do artigo 109g do código penal, que se refere a tirar fotografias de instalações militares que ponham em risco a segurança.
Segundo a imprensa europeia, o suspeito teve acesso à parte militar do porto de Kiel e tirou fotografias, mas foi intercetado por guardas de segurança, que o entregaram à polícia.
No final de setembro, um cidadão chinês que trabalhava para uma empresa de logística no aeroporto de Leipzig/Halle foi detido por suspeita de espionagem.
O Ministério Público acusa-a de ter transmitido ao seu contacto informações sobre o transporte de material militar e sobre as viagens de representantes da empresa de armamento Rheinmetall.
A suspeita está alegadamente ligada a outra pessoa que está a ser investigada por alegada espionagem em nome da China, uma empregada do político de extrema-direita Maximilian Krah, que foi cabeça de lista da Alternativa para a Alemanha (AfD) nas últimas eleições para o Parlamento Europeu.
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