O Ministério da Administração Interna da Ucrânia afirma que existem reféns civis ucranianos na lista de prisioneiros de guerra que a Rússia divulgou e que contém mais de 600 nomes de prisioneiros.
De acordo com a Ukrinform, agência de notícias ucraniana, depois do ministério analisar a lista divulgada, constatou que dos 630 ucranianos que estão na lista, há nomes de civis.
Foi numa publicação no Telegram que o Comissário de pessoas desaparecidas em circunstâncias especiais, Artur Dobroserdov, relatou: "Como resultado de uma análise cuidadosa da lista especificada pela nossa equipa da Administração Interna, foram identificadas 16 pessoas para as quais nenhuma denúncia foi arquivada com a polícia nacional ucraniana."
"Apesar de a lista ter sido publicada por um funcionário do estado agressor, o facto de pessoas estarem em cativeiro não foi, oficialmente, confirmado pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha", acrescentou.
Dobroserdov disse ainda que a Rússia está a manter reféns civis, de forma ilegal e, que sete pessoas da lista, já teriam sido levadas para a Ucrânia, tendo a busca por elas sido relembrada.
O comissário ucraniano adiantou ainda que a lista de nomes não chegou por canais oficiais, desmentido informações russas. Depois da análise, Dobroserdov elaborou uma lista para as autoridades ucranianas com 16 nomes de pessoas desaparecidas, segundo a agência de notícias.
A chefe adjunta do gabinete da presidência ucraniana afirmou que a Rússia não tinha solicitado a troca de mais de 600 prisioneiros de guerra, depois da imprensa ter dito que a provedora de Justiça russa, Tatyana Moskalkova, tinha publicado a lista e que, alegadamente, a Ucrânia "não queria" aceitar os prisioneiros de volta.
Leia Também: Kyiv diz que conflito vitimou mais de 3.000 soldados norte-coreanos