A organização não-governamental referiu que o general Mohammed Kanjo Hassan, chefe da justiça militar durante o regime deposto no passado dia 08 e "responsável por numerosas condenações à morte" na prisão de Saydnaya, perto de Damasco, foi detido na cidade de Khirbet al-Ma'zah, juntamente com 20 membros da sua equipa de segurança.
Hassan condenou "milhares de pessoas à morte em julgamentos sumários", garantiu à agência France Presse Diab Seria, cofundador da Associação dos Detidos e Desaparecidos da Prisão de Saydnaya.
A associação calcula que o general tenha amealhado cerca de 150 milhões de dólares à custa das famílias dos detidos que pagaram, em vão, para obter informações.
A detenção de Hassan, "um dos criminosos do regime" de Assad, "representa um passo importante para obter justiça e processar os criminosos", congratulou-se ainda, na rede social X (antigo Twitter), a Coligação da Oposição Síria, que reúne as principais formações políticas no exílio.
Bashar al-Assad, que esteve no poder 24 anos, fugiu com a família para a Rússia, após a sua destituição pela HTS, herdeira da antiga afiliada síria da Al-Qaida e classificada como grupo terrorista por países como Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e ainda a União Europeia.
O novo poder instalado em Damasco nomeou o político Mohammed al-Bashir como primeiro-ministro interino do governo sírio de transição, cargo que assumirá até março de 2025.
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