"Respondemos positivamente ao pedido do DEM para um encontro", disse o ministro da Justiça turco, Yilmaz Tunc, ao canal de notícias TRGT.
"Dependendo das condições meteorológicas, irão para Imrali amanhã [sábado] ou no domingo", disse, referindo-se à ilha-prisão onde Ocalan foi mantido em regime de solitária durante 25 anos.
O porta-voz do DEM já tinha confirmado ter recebido uma chamada do Ministério da Justiça, com as mesmas indicações.
Ocalan, detido durante 25 anos na ilha-prisão turca de Imrali, ao largo da costa de Istambul, fundou o PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), movimento que lidera uma insurreição contra a Turquia há décadas e é considerado terrorista por Ancara e pelos seus aliados ocidentais.
Foi detido em 1999 e desde então cumpre pena de prisão perpétua sem liberdade condicional.
O próprio ministro da Justiça "respondeu positivamente ao pedido do partido DEM para um encontro" com dois legisladores do partido aprovados para a visita, informou a televisão privada turca NTV.
Esta decisão surge dois meses depois de o líder do partido de extrema-direita turco MHP ter feito uma abordagem a Ocalan, apelando-lhe no parlamento para renunciar ao terror e dissolver o seu grupo, merecendo o apoio do Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
Um dia depois, Ocalan foi autorizado a visitar a sua família pela primeira vez desde março de 2020.
Nas semanas que se seguiram, o DEM solicitou autorização ao Ministério de Justiça para visitar Ocalan, pedido agora aprovado, segundo o partido.
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