François Bayrou promete a Mayotte reconstrução em dois anos após ciclone

O novo primeiro-ministro francês, François Bayrou, prometeu hoje a Mayotte um plano de ajuda com "respostas rápidas" e a reconstrução em dois anos, durante uma visita de um dia ao território devastado pelo ciclone Chido.

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© ABDUL SABOOR/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
30/12/2024 12:16 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

Chido

O arquipélago de Mayotte é território francês, localizado em África, a norte do canal de Moçambique, e que foi um dos mais afetados pela passagem do ciclone Chido.

 

Segundo Bayrou, este plano permitirá "dar respostas rápidas", num momento em que os habitantes do território aguardam ansiosamente por respostas concretas do Governo e reiterou o objetivo de reconstruir o territóro no prazo de dois anos.

"Depois haverá uma segunda fase, dentro de alguns meses. Este é um plano a longo prazo. Porque não se trata apenas de reconstruir Mayotte tal como era. Trata-se de projetar um futuro diferente para Mayote", adiantou.

Acompanhado por cinco ministros, entre os quais Elisabeth Borne (Educação) e Manuel Valls (Ultramar), François Bayrou deverá falar no conselho departamental de Mayotte no final do dia.

O plano de Mayotte poderá ser objeto de um projeto de lei especial, a apresentar ao Conselho de Ministros na próxima sexta-feira.

Mas para Estelle Youssouffa, a deputada do Liotte por Mayotte (de centro-direita), os esforços não são "proporcionais às necessidades". "As ajudas devem ser adaptadas à população real", incluindo os imigrantes ilegais, que são muitos no arquipélago.

A este respeito, Bayrou considerou "irresponsável" afirmar que "não existe um problema de imigração em Mayotte".

A revisão do direito de residência, que já é restrito no arquipélago, "é uma questão que tem de ser colocada", acrescentou.

Cerca de um terço da população de Mayotte - oficialmente 320.000 pessoas, segundo o Instituto Nacional de Estatística francês (INSEE), mas talvez mais 100.000 a 200.000, devido à imigração clandestina - vive em habitações precárias que foram completamente destruídas.

O Chido, o ciclone mais devastador que atingiu Mayotte nos últimos 90 anos, matou 39 pessoas em 14 de dezembro e feriu mais de 5.600, segundo um relatório publicado pelas autoridades no domingo.

Desde então, as equipas de socorro têm trabalhado arduamente para restabelecer os serviços essenciais, como a água, a eletricidade e as redes de comunicação.

Com 2,5 toneladas de material humanitário para o território, no avião em que viajou, o primeiro-ministro começou o dia com uma série de visitas, incluindo à central de dessalinização de Petite-Terre, à escola secundária Kaweni 2, em Mamoudzou, e a um hospital de campanha instalado após o ciclone.

No final da sua visita a Mayotte, o primeiro-ministro francês deslocar-se-á à ilha da Reunião, importante base logística da ajuda ao arquipélago de Mahoran, onde prosseguirá a sua visita na terça-feira de manhã.

Leia Também: Chido. Presidente cabo-verdiano envia condolências a Moçambique e França

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