"Após as sirenes que soaram recentemente no centro de Israel, um míssil lançado do Iémen foi intercetado pela Força Aérea antes de atravessar o território israelita", apontaram as Forças de Defesa de Israel (IDF, em inglês), em comunicado.
A mesma fonte detalhou que as sirenes foram acionadas às 23:11 (21:11 em Lisboa) devido à possibilidade de queda de estilhaços após a interceção.
O serviço de emergência israelita (Magen David Adom) indicou não ter recebido registo de feridos.
Por sua vez, a polícia detalhou que está a realizar buscas para localizar as zonas onde poderiam ter caído restos do dispositivo intercetado.
Nas últimas semanas, os rebeldes iemenitas Huthis, aliados do Irão, intensificaram os seus lançamentos de mísseis contra Israel. No passado sábado soaram os alarmes em Jerusalém e no mar Morto.
Na sexta-feira, assumiram a responsabilidade por um ataque lançado contra o Aeroporto Internacional Israelita Ben Gurion, 15 quilómetros a sudeste de Telavive, com um míssil balístico.
As forças israelitas, por sua vez, atacaram o aeroporto da capital Sana, provocando seis mortos e quarenta feridos.
Após o início da guerra em Gaza, este grupo rebelde, que controla Sana e outras zonas do norte e oeste do Iémen desde 2015, atacou o território israelita com drones e mísseis, bem como navios ligados a este país nos mares Vermelho e Arábico.
O Governo de Israel alertou os rebeldes Huthis que não permitirá ataques contra o seu país, e indicou que conta com o apoio dos Estados Unidos para os combater.
Também o chefe da diplomacia de Israel, Gideon Saar, saudou hoje a decisão da ONU de convocar, a seu pedido, uma sessão de emergência do Conselho de Segurança para abordar as "ameaças à segurança global", provocadas pelos rebeldes Huthis do Iémen.
Desde novembro de 2023, um mês após o início da guerra em Gaza, os Huthis têm atacado navios, principalmente no mar Vermelho, e alvos em Israel, aproveitando a posição estratégica do Iémen.
O exército israelita acusou o grupo armado iemenita de depender do financiamento iraniano e de agir como agente da República Islâmica no ataque a navios internacionais no mar Arábico, no mar Vermelho e no Estreito de Bab al-Mandab, para desestabilizar a região.
Estas ações têm continuado apesar de as suas posições terem sido bombardeadas em várias ocasiões pelos Estados Unidos, Israel e Reino Unido.
As tensões entre o grupo iemenita e Israel aumentaram significativamente e a intensificação do fogo cruzado começa a preocupar a comunidade internacional.
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