"Promotor do fascismo". MRE venezuelano chama fracassado a Blinken

O ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, chamou hoje "fracassado" ao secretário de Estado dos EUA, depois de Blinken reiterar o apoio aos líderes opositores venezuelanos Edmundo Urrutia e Corina Machado.

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© ANTHONY WALLACE/AFP via Getty Images

Lusa
31/12/2024 00:23 ‧ há 1 semanas por Lusa

Mundo

EUA

"news_bold"> "Sr. Blinken, promotor e defensor do fascismo na Venezuela, as suas palavras não surpreendem, vindas de um funcionário de um governo cessante e profundamente falhado que ficará na história como um dos mais ineptos e daninhos da política externa dos EUA", escreveu Yván Gil numa mensagem no Telegram.

 

Na mesma rede social, Yván Gil sublinhou que o "desespero" de Blinken "leva-o a apoiar a pior oposição que a Venezuela conheceu nos últimos 25 anos, uma oposição desligada, terrorista, sem líderes e sem apoio popular".

"Durante quatro anos, falharam uma e outra vez nos seus planos contra a Venezuela, e desta vez não será diferente. O nosso povo e o nosso governo continuam de pé, com dignidade, garantindo a prosperidade e derrotando as adversidades que vocês próprios tentaram impor, avançando na construção de um país soberano e independente", afirma.

Yván Gil conclui a mensagem sublinhando que "a Venezuela Bolivariana não aceita lições nem pressões de ninguém, muito menos de quem não conseguiu mais do que fracassar. Adeus, Blinken!".

O secretário de Estados dos EUA, Antony Blinken, conversou hoje, telefonicamente, com os líderes da oposição venezuelana, Maria Corina Machado e Edmundo González Urrutia, este último atualmente exilado na Espanha e reconhecido por Washington como vencedor das eleições presidenciais de 28 de julho.

Durante a conversa, segundo o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, "reiterou o apoio" dos EUA "aos dois líderes políticos" e pediu "que a vontade dos venezuelanos, expressa nas urnas, seja cumprida".

Segundo Antony Blinken, os EUA estão "comprometidos com a restauração pacífica da democracia na Venezuela e com a libertação de todos os presos políticos detidos injustamente".

A Venezuela realizou eleições presidenciais em 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória ao atual Presidente e recandidato Nicolás Maduro, com pouco mais de 51% dos votos.

A oposição afirma que Edmundo González Urrutia (atualmente exilado em Espanha) obteve quase 70% dos votos.

A oposição venezuelana e muitos países denunciaram uma fraude eleitoral e têm exigido que o CNE apresente as atas de votação para uma verificação independente.

Os resultados eleitorais foram contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo, segundo as autoridades, de mais de 2.400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela ainda não divulgou as atas do sufrágio desagregadas por assembleia de voto.

O próximo Presidente da Venezuela tomará posse a 10 de janeiro de 2025 para um período de seis anos.

Nicolás Maduro já anunciou que tomará posse para um novo mandato preconizando que 2025 será um ano de "mais pátria, mais independência" e "mais revolução" na Venezuela, país que espera governar nos próximos seis anos.

Entretanto, o chavismo convocou os simpatizantes de Nicolás Maduro para no dia 10 de janeiro realizarem "grandes marchas" em Caracas e cinco regiões da Venezuela, quando o Presidente venezuelano Nicolás Maduro for empossado para um terceiro mandato consecutivo.

Nesse dia, o chavismo pretende "encher" uma dúzia de avenidas em Caracas e marchar nos estados de Zulia, Táchira, Apure e Amazonas, todos fronteiriços com a Colômbia, assim como na região insular de Nueva Esparta, de acordo com Nahum Fernández, vice-presidente de mobilização e eventos do Partido Socialista Unido (PSUV), no poder, numa conferência de imprensa transmitida pelo canal estatal VTV.

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