"É incompreensível e lamentável que o Governo de Biden tenha tomado uma decisão deste tipo, invocando preocupações de segurança nacional", declarou Yoji Muto num comunicado enviado à agência de notícias France-Presse.
Joe Biden anunciou na sexta-feira que vai bloquear a compra da US Steel pela japonesa Nippon Steel por motivos de segurança nacional e para garantir que "os Estados Unidos têm uma indústria nacional de aço forte".
No mês passado, uma agência federal deixou nas mãos de Biden a decisão sobre a fusão entre a US Steel e a Nippon Steel e o Presidente norte-americano decidiu bloqueá-la, o que seu sucessor, Donald Trump, que toma posse em 20 de janeiro, já tinha prometido fazer.
"Esta aquisição colocaria um dos grandes produtores de aço norte-americanos sob controlo estrangeiro e teria criado riscos para a nossa segurança nacional e para as nossas cadeias de abastecimento essenciais", afirmou Biden em comunicado.
"A US Steel continuará a ser uma empresa orgulhosamente norte-americana, de propriedade norte-americana e operada por norte-americanos", salientou.
O bloqueio formal da fusão siderúrgica vai frustrar uma operação de 14.000 milhões de dólares (13.560 milhões de euros) que iria criar um gigante industrial capaz de competir com outros como a ArcelorMittal ou os grupos chineses liderados pela Baowu Steel.
A decisão foi anunciada depois de, em dezembro, o Comité de Investimentos Estrangeiros nos Estados Unidos, uma agência federal presidida pela Departamento do Tesouro, ter remetido a questão para Biden.
O sindicato dos metalúrgicos norte-americanos tinha manifestado firme oposição à fusão, enquanto a Nippon Steel a considerava uma tábua de salvação para um setor industrial em dificuldades.
Os Estados Unidos são o maior importador mundial de aço, um setor dominado pela China.
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